Aeronave europeia estava protegendo rotas marítimas internacionais no Mar Vermelho desde outubro, segundo Ministério da Defesa Internacional, Alemanha, China, Europa, Mar Vermelho CNN Brasil
A Alemanha convocou o embaixador da China a comparecer ao Ministério das Relações Exteriores na terça-feira (8), após afirmar que os militares chineses usaram lasers em um avião alemão que participava de uma operação da União Europeia no Mar Vermelho.
O ataque intensifica a preocupação da UE (União Europeia) sobre a influência chinesa em tecnologias críticas e infraestrutura de segurança na Europa.
“Colocar funcionários alemães em risco e interromper a operação é completamente inaceitável”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha na plataforma no X.
Não houve resposta imediata do Ministério das Relações Exteriores da China, e a Embaixada Chinesa em Berlim não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O Ministério da Defesa alemão informou que a aeronave, que participa da missão ASPIDES da UE para proteger rotas marítimas internacionais no Mar Vermelho, vinha contribuindo com uma plataforma multissensor, ou “olho voador”, para o reconhecimento na área desde outubro.
Um navio de guerra chinês, que havia sido detectado diversas vezes no perímetro, apontou um laser para a aeronave sem motivo ou comunicação prévia durante um voo de missão de rotina, disse um porta-voz do ministério. O caso ocorreu no início de julho.
“Ao usar o laser, o navio de guerra colocou em risco a segurança de pessoas e materiais”, disse o porta-voz, acrescentando que o voo da missão foi abortado como medida de precaução. A aeronave pousou em segurança em uma base em Djibuti, na África Ocidental.
A China negou anteriormente as alegações de disparar ou apontar lasers para aeronaves americanas. Incidentes envolvendo integrantes europeus da Otan e a China são incomuns.
Em 2020, a Frota do Pacífico dos EUA afirmou que um navio de guerra chinês disparou um laser contra uma aeronave de patrulha naval americana que voava sobre águas internacionais a oeste de Guam. A China alegou que isso era inconsistente com os fatos.