Segundo as investigações, homem se passou por perito judicial para coagir duas adolescentes, vítimas de estupro de vulnerável, a mudarem seus depoimentos contra os autores
Este conteúdo foi originalmente publicado em AM: polícia prende falso perito que coagia vítimas de abuso em depoimentos no site CNN Brasil. Amazonas CNN Brasil
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu na última segunda-feira (28) um homem, de 55 anos, suspeito de se passar por perito judicial e coagir duas adolescentes, vítimas de estupro de vulnerável, a mudarem seus depoimentos contra os autores.
A prisão ocorreu quando o falso perito Elvys Marcos Pereira compareceu à delegacia afirmando que teria ido até lá acompanhar um caso.
Em coletiva realizada nesta terça (29), o delegado responsável pelo caso, Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), afirmou que a prisão do homem é desdobramento de outra investigação que culminou nas prisões de dois homens, de 43 e 79 anos, que abusaram sexualmente das vítimas. Eles são pai e avô delas, respectivamente. O caso aconteceu na cidade de Beruri, que fica a cerca de 173 quilômetros da capital, Manaus.
Segundo a polícia, as investigações em torno do falso perito iniciaram em outubro do ano passado, após o pai e o avô das quatro adolescentes, ambas com idades entre 13 e 15 anos, serem presos.
Após as prisões, a corporação recebeu dois vídeos onde o falso perito questionava duas das adolescentes sobre a denúncia de abuso sexual contra o pai, e ainda chegava a dizer às vítimas que estava na residência delas com o conhecimento da Polícia Civil, o que era mentira.
“Ao analisarmos os vídeos, ficou nítida a violência psicológica que ele pratica contra as vítimas, e é possível perceber que elas se mostram bastante abaladas e se sentem culpadas pelo pai estar preso”, disse a delegada Rosane Ferreira, responsável pela delegacia da cidade onde ocorreram os casos de estupro.
Ainda segundo Rosane, o homem foi contratado pela família das adolescentes para tentar inocentar os dois suspeitos, pois os familiares dos presos, não acreditavam nos depoimentos das vítimas.
O homem deve responder por coação no curso do processo envolvendo crime de estupro de vulnerável e segue à disposição da Justiça.
*Sob supervisão
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