Mineira se tornou a primeira mulher negra a ingressar na Academia Brasileira de Letras Entretenimento, #CNNPop, Academia Brasileira de Letras (ABL), Literatura brasileira, Livros CNN Brasil
A escritora Ana Maria Gonçalves, 55, ingressou, nesta quinta-feira (10), na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela se tornou a primeira mulher negra a alcançar o feito e é, atualmente, a imortal mais nova do grupo.
Seu obra-prima é o aclamado romance “Um Defeito de Cor”, que venceu do Prêmio Casa de las Américas (2007) e foi eleito como Melhor Livro de Literatura Brasileira do século XXI por júri da Folha de S.Paulo.
Além disso, o livro inspirou o enredo da escola de samba do Rio de Janeiro, Portela em 2024. Desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga e pelos pesquisadores Beatriz Chaves e Marcelo D. Macedo, o enredo foi premiado com um Estandarte de Ouro e alçou a Portela à quarta colocação no Carnaval de 2024.
Para escrever a obra, Ana Maria Gonçalves dedicou cinco anos de sua vida pesquisa e recontando a história de Kehinde, mulher trazida da região da Costa da Mina, na África, para ser escravizada em Salvador no século XIX. No Brasil, ela recebeu o nome branco de Luísa Mahin, foi uma figura preponderante na Revolta dos Malês e na luta abolicionista, além de ser mãe de Luiz Gama, que é patrono da abolição da escravatura.
Antes de “Um Defeito de Cor”, ela publicou “Ao lado e à margem do que sentes por mim”, que a introduziu no universo do romance com uma trajetória quase autobiográfica. Assim como a protagonista do livro, Ana Maria largou tudo e foi para viver na Ilha de Itaparica, na Bahia, onde escreveu a obra.
Ela também é autora de duas peças de teatro: “Tchau, Querida!” e “Chão de Pequenos”.
Exposição “Um Defeito de Cor”, inspirada no livro, chega a SP