Indústria nacional do aço terá que buscar novos mercados para exportação, enfrentando forte concorrência da China
Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Brasil será um dos países mais afetados por taxas de Trump no site CNN Brasil. CNN Money, -transcricao-de-videos-, China, economia, Estados Unidos CNN Brasil
As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio devem impactar significativamente o Brasil, segundo análise do economista Gabriel Monteiro da CNN.
O Brasil é um dos principais exportadores de aço para os Estados Unidos, ficando em segundo ou terceiro lugar, dependendo do ano, disputando posições com Canadá e México.
Mais da metade do aço exportado pelo Brasil tem como destino o mercado americano, tornando o país particularmente vulnerável a essas medidas.
Impacto nas exportações brasileiras
No caso do alumínio, cerca de 14% a 15% das exportações brasileiras são direcionadas aos Estados Unidos.
O aço foi o segundo produto mais exportado pelo Brasil para os EUA no ano passado, perdendo apenas para o petróleo.
Gabriel Monteiro destaca que a forte demanda nos Estados Unidos por produtos de aço, devido à insuficiência da produção interna, tem sido um fator crucial para as exportações brasileiras.
Com as novas tarifas, o Brasil terá que buscar diluir suas parcerias comerciais e não poderá mais depender tão fortemente do mercado americano.
Desafios no mercado global
A busca por novos mercados apresentará desafios significativos para o Brasil, principalmente devido à forte concorrência da China, que domina o mercado global de siderurgia.
O analista ressalta que o aço chinês é altamente competitivo, conseguindo vender a preços mais baixos até mesmo no mercado interno brasileiro.
A situação é agravada pelo fato de que a China, que também enfrenta restrições nos Estados Unidos, buscará expandir sua presença em outros mercados. Isso ocorre em um momento em que a indústria siderúrgica chinesa está fortemente voltada para a exportação, devido à crise no setor de construção do país.
As empresas brasileiras do setor siderúrgico e de alumínio terão que se adaptar rapidamente a esse novo cenário, buscando estratégias para manter sua competitividade no mercado global e encontrar alternativas para compensar a potencial perda no mercado americano.
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