Decisão britânica depende de compromissos de Israel com cessar-fogo, entrada de ajuda humanitária em Gaza e garantia de não anexação da Cisjordânia Internacional, -transcricao-de-videos-, Faixa de Gaza, Guerra de Israel, Israel, Palestina, Reino Unido CNN Brasil
O Reino Unido anunciou nesta terça-feira (29) que reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, condicionando a decisão a uma série de medidas que devem ser tomadas por Israel em relação à situação na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
O anúncio foi feito na sede do governo britânico, em Londres, e estabelece como pré-requisitos o compromisso israelense com um cessar-fogo, a ampliação da entrada de ajuda humanitária em Gaza e a garantia pública de não anexação da Cisjordânia.
Mais de 140 países já reconhecem o direito dos palestinos a um Estado próprio, considerado um caminho necessário para alcançar a paz no Oriente Médio.
Para o correspondente Internacional da CNN em Londres, Américo Martins, se o Reino Unido e a França seguirem com o reconhecimento, os Estados Unidos se tornarão o único membro do Conselho de Segurança da ONU a não reconhecer o Estado palestino.
A decisão britânica surge em um momento crítico, quando o número de mortos em Gaza ultrapassa 60 mil pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Pressão Internacional
A posição do Reino Unido representa um movimento diplomático significativo, buscando pressionar por mudanças na condução do conflito.
No entanto, as autoridades britânicas mantêm uma postura clara de condenação ao Hamas, responsabilizando o grupo pelo início da guerra em outubro do ano passado.
Segundo Américo, a solução de dois Estados, com a coexistência pacífica entre Israel e Palestina, é vista como a única alternativa viável para a paz na região. Esta perspectiva exige o reconhecimento mútuo entre as partes e, possivelmente, garantias internacionais de segurança.

