Diálogo entre as duas maiores potências econômicas do mundo ocorre após tensionamento nas relações comerciais; análise é de Victor Irajá para o CNN 360º Macroeconomia, -transcricao-de-videos-, China, Donald Trump, Estados Unidos, Índia, Rússia, Tarifas, Xi Jinping CNN Brasil
As relações comerciais entre China e Estados Unidos podem estar entrando em uma nova fase, com o início das negociações entre os dois países visando uma possível redução nas tarifas de importação. O diálogo surge após um período de tensões comerciais, no qual as tarifas entre as duas nações chegaram a ultrapassar 145%. A análise é de Victor Irajá para o CNN 360º.
O cenário atual mostra uma trégua inicial, com as tarifas reduzidas para 30%, mas ainda em um patamar considerado elevado. As negociações ganham especial relevância considerando que se tratam das duas maiores economias do mundo, cujas decisões têm potencial para impactar significativamente a atividade econômica global.
Tensões e pressões diplomáticas
O momento é marcado por pressões dos Estados Unidos sobre países membros da Otan para elevarem suas tarifas de importação sobre produtos chineses. Essa movimentação está relacionada às relações comerciais mantidas entre China e Rússia, especialmente no que diz respeito à compra de petróleo russo por parte dos chineses.
Em resposta às pressões americanas, a China manifestou seu descontentamento, classificando a atitude dos Estados Unidos como uma “intimidação unilateral”. O país asiático criticou especificamente a tentativa de retaliação através dos países membros da Otan em relação às compras de petróleo russo.
A situação tem gerado preocupação em outros países, incluindo o Brasil, que mantém relações comerciais importantes com a Rússia, principalmente no setor de fertilizantes. O caso da Índia serve como exemplo das possíveis consequências, já que o país sofreu a aplicação de tarifas de 50% por parte dos Estados Unidos, mesmo patamar aplicado aos produtos brasileiros, devido à manutenção de suas relações comerciais com a Rússia, especialmente na compra de energia.