Cúpula do grupo acontece em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, com membros do grupo apresentando divergências sobre a situação Internacional, -transcricao-de-videos-, economia, G7, Guerra, Irã, Israel CNN Brasil
A 51ª cúpula do G7 acontece nesta segunda-feira (16) em um cenário de crescente preocupação internacional devido à escalada do conflito entre Israel e Irã.
De acordo com o analista sênior de Internacionais da CNN Américo Martins os membros do grupo chegam às reuniões com opiniões divididas sobre a situação.
O G7, composto por algumas das economias mais influentes do mundo, enfrenta desafios em sua relevância e coesão. Martins aponta que o grupo está enfraquecido, destacando que já não representa as sete maiores economias globais.
Países como Brasil e Índia estão prestes a ultrapassar economicamente alguns membros do G7.
Divisões internas e desafios econômicos
As divergências entre os membros do G7 são evidentes, com a União Europeia e o Reino Unido apresentando visões distintas sobre questões econômicas e geopolíticas.
Alguns líderes, como Emmanuel Macron na França e Keir Starmer no Reino Unido, enfrentam dificuldades políticas internas, enquanto o Canadá lida com tensões em sua relação com os Estados Unidos.
A postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que “odeia qualquer fórum multilateral”, segundo Martins, também contribui para a fragilização do grupo. Trump prefere negociações bilaterais, nas quais os Estados Unidos podem exercer maior influência devido ao seu poder econômico.
O papel do Brasil e a importância do G20
Neste contexto, a participação do presidente Lula na cúpula ganha relevância. A presença brasileira demonstra a capacidade do país de dialogar com diversas nações, independentemente de alinhamentos ideológicos.
Além disso, o evento oferece a oportunidade de promover a COP30 e apresentar as posições brasileiras em fóruns internacionais.
Contudo, Martins ressalta que a diplomacia brasileira reconhece a crescente importância do G20 em detrimento do G7. O G20, que inclui as 20 maiores economias do mundo, é visto como um fórum mais representativo e eficaz para discutir questões globais.
Apesar das limitações do G7, a participação em sua cúpula continua sendo uma oportunidade valiosa para o Brasil exercer sua diplomacia presidencial e manter diálogos com líderes mundiais, reafirmando seu papel no cenário internacional.