Maioria dos parlamentares acredita que a condução econômica do país está no caminho errado, segundo levantamento da Genial/Quaest Macroeconomia, -transcricao-de-videos-, economia, Governo Lula, politica CNN Brasil
Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou um cenário preocupante sobre a percepção dos deputados federais em relação à condução da economia brasileira. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (2), indica que a maioria dos parlamentares acredita que o país não está no rumo econômico correto.
Segundo a análise apresentada pela analista em economia da CNN Thais Herédia durante o CNN Prime Time desta quarta-feira (2), houve uma piora significativa nas perspectivas dos deputados em pouco mais de um ano.
Em 2024, 55% dos parlamentares consideravam que a condução da economia estava errada. Agora, esse índice subiu para 64%, demonstrando um aumento na desconfiança em relação às políticas econômicas adotadas.
Desalinhamento institucional e desafios para o governo
A pesquisa evidencia um desligamento institucional e uma falta de convergência para pautas importantes. Apesar disso, Herédia ressalta que o Congresso dificilmente conseguirá abandonar a agenda econômica no ano e meio restante do mandato do atual governo.
A analista destaca que esse cenário representa um retrato muito ruim para o governo, especialmente porque a percepção negativa não se restringe apenas aos parlamentares. Pesquisas de opinião com a população em geral também indicam que mais de 50% dos brasileiros acreditam que a economia do país está indo na direção errada.
Tensão entre governo e Congresso Nacional
Diante desse quadro, Herédia sugere que o governo deveria se questionar sobre quem está equivocado: o mundo ou ele próprio. A analista critica a recente campanha lançada pelo governo, que intensifica os ataques contra o Congresso Nacional, classificando-a como uma medida sem precedentes e potencialmente prejudicial para a governabilidade.
“Como é que governa, como é que comanda, como é que lidera um país sem o Congresso Nacional?”, questiona Herédia, alertando para a dificuldade de reverter esse cenário de tensão entre os poderes.