Fernanda Magnotta avalia, no CNN 360°, que situação entre os países atinge múltiplas frentes, envolvendo questões econômicas, militares e geopolíticas, com possível intervenção internacional Internacional, -transcricao-de-videos-, Estados Unidos, geopolítica, Guerra, Guerras e conflitos, Venezuela CNN Brasil
A tensão entre Estados Unidos e Venezuela atinge um novo patamar, com sinais de endurecimento por parte do presidente Donald Trump em relação a Nicolás Maduro. A escalada não se limita apenas à retórica, mas inclui ações concretas, como ataques a embarcações em águas internacionais, segundo análise de Fernanda Magnotta no CNN 360°.
A administração norte-americana equilibra dois grupos distintos de interesse. De um lado, há uma ala que defende fortemente a mudança de orientação política na Venezuela, incluindo exilados venezuelanos com influência sobre Trump. Do outro, existe um grupo focado em interesses econômicos, principalmente relacionados ao petróleo.
Internacionalização do conflito
O que começou como uma disputa bilateral agora ganha dimensões internacionais. A Argentina manifestou apoio à abordagem de Trump, enquanto Rússia e China acompanham atentamente a situação, prontas para atender às demandas venezuelanas. A crise também alcançou instâncias internacionais, com a Argentina evocando o Tribunal Penal Internacional, enquanto a Venezuela busca apoio da OPEP.
A relação entre os países é marcadamente assimétrica. Os Estados Unidos mantêm vantagens econômicas e militares significativas na região, permitindo maior poder de barganha. A Venezuela, embora em posição mais frágil, possui a capacidade de internacionalizar a crise através de suas alianças com Rússia e China, adversários dos EUA.
Fatores internos
O cenário doméstico em ambos os países também influencia a situação. Os republicanos atuais, diferentes dos do início dos anos 2000, adotam uma postura menos intervencionista. Para Trump, qualquer ação militar exigiria convencimento não apenas da opinião pública, mas também de sua própria base política.
Do lado venezuelano, a estabilidade do regime depende da manutenção da coesão interna, especialmente do apoio militar. Uma possível intervenção americana poderia abrir espaço para dissidências dentro do próprio regime de Maduro, especialmente se setores importantes, como as Forças Armadas, perceberem oportunidades de mudança.

