Segundo análise de Américo Martins, no CNN Novo Dia, o primeiro-ministro israelense enfrenta forte desaprovação popular por postergar acordo com Hamas para libertação de reféns e por falhas de segurança no ataque de outubro Internacional, -transcricao-de-videos-, Faixa de Gaza, Guerra de Israel, Israel, Oriente Médio CNN Brasil
O primeiro grupo de sete reféns vivos foi entregue à Cruz Vermelha por militantes do Hamas no norte de Gaza, nesta segunda-feira (13). Segundo o analista sênior de internacional da CNN Américo Martins, Benjamin Netanyahu só aceitou negociar o fim do conflito em Gaza após intensa pressão de Donald Trump, revelando uma mudança significativa em sua postura inicial de continuar os bombardeios até a eliminação total do Hamas.
A impopularidade de Netanyahu em Israel tem crescido significativamente. Durante um discurso na Praça dos Reféns, enquanto Trump foi aplaudido, Netanyahu foi vaiado pela multidão. As famílias dos reféns criticam o primeiro-ministro por não priorizar a libertação de seus entes queridos desde o início do conflito.
Tensões com os Estados Unidos
Um ponto crucial de atrito foi o bombardeio israelense a Doha, no Qatar, numa tentativa de eliminar líderes do Hamas exilados. “A ação, realizada sem aviso prévio aos Estados Unidos, irritou profundamente a Casa Branca, evidenciando a disposição de Netanyahu em expandir o conflito para além das fronteiras de Gaza”, avalia Américo.
Netanyahu também enfrenta pressão interna de ministros ultranacionalistas, que se opõem a qualquer acordo com o Hamas e defendem a anexação tanto da Faixa de Gaza quanto da Cisjordânia. Alguns chegam a propor a expulsão dos palestinos de seus territórios.
Investigações Pendentes
“Além das críticas sobre a condução da guerra, Netanyahu enfrenta questionamentos sobre as falhas de segurança que permitiram os ataques de outubro de 2023. Como chefe político de Israel na época, muitos israelenses exigem que ele seja responsabilizado por estas falhas”, conclui o analista.
O cenário político se complica ainda mais com os processos judiciais que Netanyahu enfrenta. Críticos sugerem que o prolongamento do conflito poderia servir como estratégia para adiar tanto estes processos quanto possíveis novas eleições.

