Medida proposta pelo governo para aumentar arrecadação gera preocupação no mercado financeiro e pode afetar setores estratégicos da economia brasileira Investimentos, -transcricao-de-videos-, economia, Investimentos em LCI e LCA, Mercado Financeiro CNN Brasil
O fim da isenção do imposto de renda sobre rendimentos em LCIs e LCAs tem gerado apreensão no mercado financeiro, especialmente no setor do agronegócio. A proposta do governo visa aumentar a arrecadação, mas especialistas temem uma possível fuga de investidores e o encarecimento do crédito.
Gilvan Bueno, colunista do CNN Money e professor de finanças, destaca a importância do agronegócio para a economia brasileira. “O PIB do Brasil em 2024, que foi de mais de R$ 11 milhões, teve uma grande participação do agronegócio. Nos últimos cinco anos, o setor foi determinante para manter a economia aquecida, representando mais de 25% da economia”, explica Bueno.
Impacto nos investidores e setores estratégicos
A medida pode afetar significativamente os investidores, principalmente aqueles que utilizam esses produtos para complementar a renda. “Esse é um produto que ajuda muitas famílias a criarem sua poupança. As pessoas que se aposentaram e não conseguem ter o mesmo padrão de vida quando trabalhavam, usam esses produtos porque eles são isentos de impostos”, afirma o especialista.
Além disso, os setores do agronegócio e imobiliário podem ser severamente impactados. Bueno ressalta: “Os dois setores são muito penalizados, principalmente o setor agro que é um carro-chefe do nosso crescimento e da nossa geração de receita através do PIB”.
Histórico e importância das LCI’s e LCA’s
É importante lembrar que a LCI e a LCA foram criadas em 2004 visando proporcionar financiamento de longo prazo para os trabalhadores do agronegócio e resolver problemas de moradia. “A LCI foi criada para resolver um problema de moradias. Segundo pesquisas, há mais de 5,8 milhões de famílias impactadas por não terem um financiamento imobiliário, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste”, explica Bueno.
A possível taxação desses instrumentos financeiros levanta questionamentos sobre o futuro do financiamento de longo prazo no Brasil, especialmente para setores cruciais como o agronegócio e o imobiliário. O mercado aguarda ansiosamente por mais detalhes sobre a proposta e seus potenciais impactos na economia brasileira.