Américo Martins prevê acirramento na competição entre as potências, especialmente no campo da inteligência artificial
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A disputa entre China e Estados Unidos deve se tornar mais intensa nos próximos anos, especialmente na área da tecnologia, segundo Américo Martins, analista sênior de Internacional da CNN.
O especialista destaca que essa competição será particularmente acirrada no campo da inteligência artificial (IA).
Donald Trump revelou uma estratégia ambiciosa para o que ele chama de “era dourada” americana, focada em protecionismo econômico e avanço tecnológico.
O plano inclui um investimento massivo de até US$ 500 bilhões em infraestrutura para inteligência artificial (IA) ao longo de quatro anos, com US$ 100 bilhões já no primeiro ano.
Benefícios e riscos da inteligência artificial
Américo Martins ressalta o potencial positivo da IA em diversos setores, como saúde e transporte. No entanto, ele alerta para dois riscos principais:
- A falta de regulamentação efetiva sobre o desenvolvimento e aplicação da IA, bem como sobre as redes sociais e big techs.
- A formação de possíveis oligopólios e oligarquias, resultantes da união entre grandes empresas e grupos de poder.
O analista enfatiza a necessidade de uma regulamentação mínima global para a IA, permitindo que cada país estabeleça regras mais detalhadas.
Contudo, ele observa que o presidente Trump não demonstra interesse em qualquer tipo de regulamentação nos Estados Unidos ou globalmente.
Concentração de poder
Recentemente, três grandes empresas americanas anunciaram um investimento significativo em IA, coincidindo com o início do mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Américo explica que, embora Trump apoie essa iniciativa, o investimento é de natureza privada.
“Muito provavelmente as empresas esperaram o início do mandato do presidente Donald Trump para fazer esse anúncio, inclusive porque sabem que ele é um aliado desse tipo de iniciativas”, afirma o analista.
Américo também chama a atenção para os riscos apontados pelo ex-presidente Joe Biden em seu último discurso aos americanos.
Biden alertou sobre a perigosa conexão entre grandes empresas, magnatas e poder político, o que poderia levar à formação de novos oligopólios.
“Quero alertar o país sobre algumas coisas que me preocupam muito. E essa é uma preocupação perigosa. Essa é a perigosa concentração de poder nas mãos de poucas pessoas ultra-ricas e as consequências perigosas se seu abuso de poder não for controlado”, disse Biden no Salão Oval da Casa Branca.
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