Segundo a Universidade de Yale, as alterações feitas no projeto penalizam ainda mais as camadas mais pobres da população Economia, -transcricao-de-videos-, Donald Trump, economia, Estados Unidos CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo pela união dos republicanos para a votação de um importante projeto de lei na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
A proposta, apelidada de “One Big Beautiful Bill” (Grande e Belo Projeto de Lei, em tradução livre), que já passou por modificações no Senado, tem gerado controvérsias devido ao seu impacto econômico.
Segundo análise do laboratório de orçamento da Universidade de Yale, as alterações feitas no projeto penalizam ainda mais as camadas mais pobres da população.
Os 20% mais pobres, que antes perderiam cerca de 600 dólares por ano (2,5% de sua renda), agora enfrentariam uma perda de 700 dólares anuais, equivalente a 2,9% de seus rendimentos.
Em contrapartida, os 20% mais ricos da população americana seriam beneficiados com um ganho de aproximadamente 30 mil dólares por ano, representando 1,9% de sua renda. Essa disparidade tem sido alvo de críticas e preocupações.
Impactos na saúde e assistência social
As mudanças no projeto aprofundaram os cortes no Medicaid, sistema de saúde voltado para os mais pobres, deficientes e idosos de baixa renda.
Por outro lado, houve uma redução nos cortes previstos para o programa de vale-alimentação.
No balanço geral, estima-se que cerca de 17 milhões de pessoas possam perder o direito à assistência médica.
O governo argumenta que aqueles que demonstrarem estar procurando emprego ou se capacitando para novas oportunidades de trabalho, dedicando 80 horas mensais a essas atividades, manterão seus direitos.
No entanto, a preocupação com o fechamento de hospitais rurais levou a senadora republicana Lisa Murkowski, do Alaska, a negociar um aumento de 25 para 50 bilhões de dólares na ajuda a essas instituições.
Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes e aliado de Trump, afirmou que pretende entregar o projeto aprovado até 4 de julho, conforme desejado pelo presidente. No entanto, o aumento de gastos previsto na proposta pode enfrentar resistência dos congressistas fiscalmente conservadores, tornando a aprovação um desafio considerável.
