Análise aponta que aprovação de urgência em projeto pode sinalizar limite para aumento de receitas, forçando governo a buscar alternativas Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, aumento IOF, CNN Brasil Money, IOF, Thais Herédia CNN Brasil
A votação prevista para hoje no Congresso Nacional pode representar um importante recado ao governo federal, especialmente no que tange à sua política fiscal. A analista Thais Herédia avalia que o principal sinal a ser enviado é que a estratégia de ajuste fiscal baseada apenas no aumento de receitas atingiu seu limite.
Segundo Herédia, a expectativa é que a urgência de um projeto de decreto legislativo, que poderia derrubar medidas propostas por Fernando Haddad, seja aprovada com mais de 300 votos. “O problema desse recado é que o governo até agora demonstrou enorme resistência a fazer qualquer outra ação do lado das despesas”, explica a analista.
O cenário atual revela um impasse claro: enquanto o governo resiste em tocar nas despesas para gerir sua política fiscal, o Congresso sinaliza que não aprovará mais aumentos de receita. Herédia ressalta que a busca por uma solução deveria ser conjunta, já que ambos os lados contribuíram para os problemas atuais.
Apesar da votação de hoje, fontes indicam que dificilmente o mérito do projeto será votado imediatamente. Há uma tentativa de acordo para adiar a votação até 22 de junho, data do próximo relatório bimestral de despesas e receitas.
Uma das alternativas em discussão é a apresentação de um projeto de lei que ofereceria áreas adjacentes do pré-sal para leilão. Essa medida poderia gerar uma arrecadação entre R$ 20 e 25 bilhões, potencialmente equilibrando as contas e evitando um contingenciamento maior das emendas parlamentares.
“Existe a solução, ela sempre aparece”, afirma Herédia, destacando que esta opção traria mais receita sem aumentar impostos, mas através da oferta de petróleo para o setor privado. A analista conclui que muitos desenvolvimentos são esperados até 22 de junho, e a situação continuará sendo monitorada de perto.