O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia às 9h desta quinta-feira (24/7) o interrogatório do ex-assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro Filipe Martins e de outros réus acusados de participar de tentativa de golpe de Estado em 2022.
Serão interrogados os integrantes dos núcleos 2 e 4 da chamada “trama golpista”, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). O núcleo 2, do qual o ex-assessor de Bolsonaro faz parte, é apontado como responsável pelo gerenciamento das ações golpistas, incluindo autoridades com cargos estratégicos no governo Bolsonaro. Já o núcleo 4 é o responsável por disseminar desinformação contra o sistema eleitoral.
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Martins será ouvido ao lado de outras figuras consideradas chaves para a tentativa de golpe, como o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e o general da reserva Mário Fernandes. A expectativa é de que os interrogatórios se estendam ao longo do dia.
Assista ao vivo aos interrogatórios no STF dos réus acusados de tentativa de golpe de Estado
A ordem dos depoimentos prevista é a seguinte:
Núcleo 2 – Gerenciamento da tentativa de golpe
- Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-secretário-adjunto da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF);
- Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República;
- Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência da República;
- Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF e subsecretária de Inteligência da SSP-DF;
- Mário Fernandes, general da reserva do Exército; e
- Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Núcleo 4 – Desinformação
- Ailton Moraes Barros – ex-major do Exército;
- Ângelo Denicoli – major da reserva;
- Giancarlo Rodrigues – subtenente do Exército;
- Guilherme Almeida – tenente-coronel do Exército;
- Reginaldo Abreu – coronel do Exército;
- Marcelo Bormevet – agente da PF;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – presidente do Instituto Voto Legal
O caso tramita no STF como Ação Penal (AP) 2668. O julgamento do mérito ainda não tem data marcada.