Eleitores de um dos distritos onde o Reunião Nacional é mais forte se declararam “arrasados” e “desapontados”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Apoiadores criticam decisão que proíbe Le Pen de concorrer à presidência no site CNN Brasil. Internacional, França, Marine Le Pen, ultradireita CNN Brasil
Os apoiadores de Marine Le Pen, líder do partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), na França, expressaram grande choque e decepção com a proibição da política de concorrer a cargos públicos, o que a deixaria fora da corrida presidencial de 2027, a menos que ela pudesse vencer uma apelação antes disso.
A decisão do tribunal francês foi um revés catastrófico para Le Pen, que há muito tempo é uma das figuras mais proeminentes da ultradireita na Europa e que tem sido a favorita nas pesquisas de opinião para a disputa de 2027.
A juíza Benedicte de Perthuis disse que Le Pen estava “no centro” de um esquema para apropriar indevidamente mais de 4 milhões de euros de fundos da União Europeia e usá-los para pagar a equipe do partido de ultradireita na França.
A falta de remorso de Le Pen e outros réus estava entre os motivos que levaram o tribunal a proibi-los de concorrer a cargos com efeito imediato, disse de Perthuis.
Seus apoiadores “surpresos”, “arrasados” e “desapontados” a descreveram como uma boa líder que ouviria as preocupações dos eleitores.
“Estou arrasada. De qualquer forma, toda vez que há eleições, eles sempre tentam bloqueá-la, na minha opinião, eles sujam o nome dela. Ela não é assim, aquela senhora”, afirmou uma moradora de Henin Beaumont, de 62 anos.
Já Robert Le Bourgeois, um parlamentar do RN, disse à Reuters: “Não cabe a um juiz politizado dizer quem pode concorrer em uma eleição ou não.”
Le Pen concorreu três vezes à presidência e disse que 2027 será sua última corrida para o cargo mais alto. Suas esperanças agora estão em anular a decisão em apelação antes da eleição. Apelações na França podem levar meses ou até anos.
Antes dos eventos desta segunda-feira, Le Pen descreveu os promotores como buscando sua “morte política”. Ela deixou o tribunal em Paris antes que o juiz lesse sua sentença e sem fazer nenhum comentário.
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