Segundo o vice-presidente, se dependesse apenas de Lula a conversa com Trump já teria acontecido Macroeconomia, Alexandre de Moraes, CNN Brasil Money, Geraldo Alckmin, Luiz Inácio Lula da Silva, tarifaço Trump, tarifas EUA CNN Brasil
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “aberto” ao diálogo com Donald Trump e que se dependesse apenas do petista a conversa já teria acontecido.
“O Presidente Lula está aberto ao diálogo. Conversa de presidente precisa ser preparada. Lula está aberto ao diálogo. Se dependesse dele, o diálogo era ontem. Mas isso precisa ser preparado. Não criamos o problema, mas estamos prontos para resolvê-lo” disse Alckmin no programa Mais Você, da TV Globo.
As declarações acontecem um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado o decreto executivo que oficializa a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. A medida entra em vigor em 6 de agosto.
No documento, Trump cita que a ordem é justificada por uma “emergência nacional” em razão das políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro que, segundo o republicano, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de modo geral.
O documento cita como justificativa para a medida o que considera como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar do anúncio da sobretaxa, Trump colocou na lista de exceções cerca de 42% da pauta exportadora do Brasil aos EUA. Produtos como suco de laranja, petróleo e alguns minerais ficam isentos na sobretaxa.
No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi sancionado pelos Estados Unidos através da Lei Magnitsky
Em nota, Lula saiu em defesa do ministro e falou em defender a soberania nacional.
“O Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes. Um país que defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as Nações, o que tem garantido a força da nossa economia e a autonomia da nossa política externa”, diz o texto.
Como a economia brasileira deve ser afetada com o tarifaço de Trump?