Paralisação surpresa começou na tarde desta terça-feira (9) após o não pagamento do 13º salário e de benefícios como o vale-refeição nas férias para motoristas São Paulo, -agencia-cnn-, Greve em SP, Ônibus, Prefeitura de São Paulo CNN Brasil
O transporte público da cidade de São Paulo opera normalmente na manhã nesta quarta-feira (10) após a greve de motoristas e cobradores iniciada na tarde de terça-feira (9). Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), o serviço já foi reestabelecido e a circulação dos transportes está dentro do previsto.
A greve, que se encerrou ainda na noite de terça, foi motivada pelo não pagamento do 13º salário e de benefícios como o vale-refeição nas férias aos trabalhadores.
Segundo o SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), as empresas não cumpriram o acordo que previa o pagamento desses auxílios em setembro.
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A prefeitura afirmou que o pagamento do 13º salário é uma responsabilidade exclusiva das concessionárias e garantiu ainda que não há “um centavo sequer” de atraso nos repasses do órgão a essas empresas.
A administração municipal também registrou um boletim de ocorrência contra as empresas de ônibus que aderiram à greve iniciada às 16h. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) reiterou que seguirá acionando a Justiça para responsabilizar os organizadores da paralisação e que, como não houve assembleia formal da categoria e nem aviso prévio de 72 horas, a ação categorizou um descumprimento à legislação brasileira.
Trânsito recorde
A greve de ônibus na cidade de São Paulo causou trânsito recorde em 2025. O movimento gerou cerca de 1.486 km de congestionamento na capital paulista nesta terça-feira, atingindo a maior marca do ano.
Além da paralisação, anunciada por volta das 16h — próximo ao horário de pico —, a chuva intensa também foi um fator para o acarretamento da lentidão. A maior marca de trânsito da cidade ocorreu em 2019, em setembro, quando o congestionamento alcançou a marca de quase 2.000 km (1.902 km).
O movimento atingiu diversas regiões da cidade e provocou impacto direto no deslocamento dos mais de 8,7 milhões de passageiros que dependem do sistema municipal diariamente.
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“Greve de ônibus na hora de ir embora é sacanagem”; veja relatos
Nas redes sociais, usuários do transporte relataram dificuldades para voltar para casa após a paralisação dos ônibus em São Paulo.
Nas publicações, muitos reclamaram do momento escolhido para a greve. “Greve de ônibus na hora de ir embora para a casa é sacanagem”, escreveu um internauta. Outro comentou o impacto combinado da paralisação e do temporal: “greve de ônibus, temporal e Uber nas alturas, que dia para ser CLT”.
Para alguns usuários, a situação fez São Paulo “parecer o fim do mundo”. “Hoje SP tá parecendo o fim do mundo, os ônibus de greve e não para de chover”, disse uma passageira. Outro relato apontou a dificuldade para conseguir voltar para casa: “greve de ônibus com essa chuva… só queria voltar pra casa em paz”.
Fim da greve
Após reunião com a diretoria do sindicato e representantes das empresas, no início da noite de terça-feira, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que a greve seria encerrada ainda no mesmo dia.
De acordo com Nunes, o serviço estava sendo reestabelecido, com toda a frota operando. Ele disse ainda que as empresas se comprometeram a realizar os pagamentos atrasados até o dia 12 de dezembro.
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*Sob supervisão de Tonny Aranha

