Governador do Rio disse que retorno do parlamentar estava previsto, mas que decisão foi antecipada depois da operação da Polícia Federal Política, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Cláudio Castro, Rio de Janeiro (estado) CNN Brasil
O governador Cláudio Castro (PL) disse nesta quarta-feira (3) que determinou a volta do deputado estadual Rafael Picciani (MDB) para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) após a prisão do parlamentar TH Joias (MDB).
De acordo com o governador, o retorno de Picciani — que estava como secretário de Esporte e Lazer — ao cargo de deputado estadual estava previsto, inclusive, ele e o parlamentar já tinham conversado. Mas, depois da operação que resultou na prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, a decisão foi antecipada.
“Eu e o secretário Rafael nos falamos cedo e decidimos que o regresso imediato dele era importante para que a instituição Alerj fosse preservada”, destacou Castro.
Por minha determinação, o deputado estadual Rafael Picciani está retomando seu mandato na Assembleia Legislativa. Ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das polícias Civil e Federal e do Ministério Público.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) September 3, 2025
A decisão de Cláudio Castro elimina o rito que seria necessário na Alerj. TH Joias era segundo suplente e assumiu o cargo após a morte de Otoni de Paula Pai.
Segundo as investigações, TH Joias utilizou o mandato de deputado para favorecer o CV (Comando Vermelho), inclusive nomeando comparsas para cargos na Alerj, entre eles a esposa do traficante Índio do Lixão.
Ainda segundo a denúncia, o parlamentar é acusado de intermediar diretamente a compra e a venda de drogas, armas de fogo, aparelhos antidrones e de realizar pagamentos a integrantes da organização criminosa.
Além da PF (Polícia Federal), a operação desta quarta-feira contou com a participação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
Thiego Raimundo dos Santos Silva era filiado ao MDB, mas o partido anunciou sua expulsão. Por meio de nota, a sigla alegou “condutas incompatíveis para o exercício de função pública”.