Cidade de São Paulo já registrou 503 coletivos depredados; Polícia Civil investiga motivação dos ataques São Paulo, -agencia-cnn-, São Paulo (capital), São Paulo (estado) CNN Brasil
A cidade de São Paulo já registrou 503 ataques a ônibus até esta segunda-feira (14), de acordo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT). O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanos) divulgou um levantamento com as ruas com mais depredações na capital.
A Rodovia Raposo Tavares, na Zona Oeste, lidera com o maior número de ataques, com 23 ocorrências, seguida pela Avenida Senador Teotônio Vilela, na Zona Sul, e a Avenida Cupecê, também na zona Sul, ambas com 20 ataques.
Algumas avenidas importantes também aparecem na lista, como a Faria Lima, famoso centro financeiro, com 11 ataques, e a Avenida Paulista, cartão postal da cidade, com 6 ataques.
Veja as ruas com maior número de ataques:
- Rodovia Raposo Tavares: 23
- Avenida Senador Teotônio Vilela: 20
- Avenida Cupecê: 20
- Avenida Nove de Julho: 18
- Avenida Alcântara Machado: 16
- Avenida Sapopemba: 14
- Estrada de Itapecerica: 11
- Avenida Brigadeiro Faria Lima: 11
- Rua Melo Freire: 11
- Avenida Conde de Frontin: 10
- Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira: 8
- Avenida Vinte e Três de Maio: 8
- Avenida Corifeu de Azevedo Marques: 8
- Avenida Vereador João De Luca: 8
- Avenida José Pinheiro Borges: 8
- Avenida Interlagos: 8
- Rodovia Anhanguera: 7
- Avenida Brigadeiro Luís Antônio: 7
- Avenida Professor Francisco Morato: 7
- Avenida Professor Vicente Rao: 6
- Avenida Paulista: 6
- Avenida Jabaquara: 6
A Polícia Civil investiga a onda de ataques a ônibus na Grande São Paulo há cerca de um mês. Cinco homens foram presos por envolvimento nos ataques e um adolescente foi apreendido.
As investigações apontam para três hipóteses que expliquem o motivo dos ataques a coletivos. Uma delas é estar relacionada a desafios que ocorrem no ambiente digital e são impulsionados por redes sociais.
Outra linha de investigação é de que se trata de uma ação coordenada do PCC, facção criminosa que domina o crime em São Paulo. Já a vertente mais considerada no momento pela Polícia Civil é de que os ataques são motivados por descontentamentos de funcionários e empresas de transporte público com a prefeitura de São Paulo e com a concorrência no setor.
De acordo com a SPTrans, a empresa é obrigada a encaminhar o ônibus para a manutenção e substituir o veículo para garantir a continuidade do serviço prestado. Caso a substituição não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada, o que pode ser o objetivo dos ataques.
Um relatório da Polícia Civil aponta que três empresas concentram a maior parte dos ataques a ônibus registrados na cidade de São Paulo desde o início de junho: Mobibrasil, Transppass e Viação Grajaú.
Na última quinta-feira (10), a Polícia Militar deflagrou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, que mobilizou cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o Estado, com o objetivo de reforçar a segurança de passageiros e trabalhadores do transporte público.