Uma criança de um ano e meio está entre as vítimas da ofensiva russa contra Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana Internacional, Estados Unidos, Kharkiv, Leste Europeu, Rússia, Ucrânia, Zaporizhzhia CNN Brasil
Em meio a intensificação dos ataques da Rússia contra a Ucrânia, nove pessoas foram mortas, incluindo três crianças, nas últimas 24 horas, segundo autoridades ucranianas.
Ao menos sete pessoas morreram e pelo menos 20 ficaram feridas quando um prédio residencial foi atingido em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, causando um incêndio e o desabamento da estrutura, segundo Oleh Syniehubov, chefe da administração militar da região.
Uma menina de um ano e meio e um menino de 16 anos estavam entre os mortos no ataque, disse Syniehubov em uma publicação no Telegram. Cinco pessoas continuam desaparecidas.
Respondendo diretamente ao ataque de Kharkiv, a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, declarou: “Os russos só continuam a cometer assassinatos em massa”.
“Esta guerra nunca foi provocada; ela só continua porque Moscou tem permissão para continuar”, escreveu ela na rede social X.
Russians only continue to commit mass murder among Ukraine’s civilian population. Last night in Kharkiv, targeting residential buildings, killing another five people, including a child.
Russia acts with impunity – that’s why the killings continue. This war was never provoked; it… pic.twitter.com/3P7Abl0mXh
— Yulia Svyrydenko (@Svyrydenko_Y) August 18, 2025
Um adolescente de 15 anos também morreu quando uma bomba caiu sobre uma casa na vila de Novoyakovlivka, em Zaporizhzhia, informou o chefe da administração militar regional, Ivan Fedorov. O irmão, a irmã e os pais do adolescente também ficaram feridos.
Em Donetsk, três pessoas também foram mortas, relatou Vadym Filashkin, chefe da administração militar regional.
Bombeiros em Odessa também estavam lidando com um grande incêndio em uma instalação de combustível e energia, após um ataque “massivo” de drones, contou o Serviço de Emergência do Estado.
Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou de foco para garantir um acordo de paz para a Ucrânia, em vez de um cessar-fogo, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as negociações não devem ser realizadas enquanto a Rússia continua a bombardear seu país.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, exigiu que Moscou “pare com a matança para avançar na diplomacia”, em uma mensagem no Telegram nesta segunda-feira (18), acrescentando que “unidade e pressão transatlânticas” são necessárias para que isso aconteça.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra.
Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.

