Goleiro relatou episódio neste domingo (14), após jogo contra o Santos, pela 23ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro Atlético Mineiro, CNN Esportes, goleiro, Importunação sexual CNN Brasil
O Atlético-MG se pronunciou, neste domingo (14), sobre o caso de importunação sexual contra a filha de Everson, relatado pelo goleiro após o jogo contra o Santos. Em nota oficial, o Galo lamentou o ocorrido e prometeu “colaborar com as autoridades de segurança para a identificação dos infratores e a sua responsabilização criminal”.
“O Atlético manifesta apoio ao goleiro Everson, cuja filha de 13 anos foi vítima de importunação, hoje, na saída da Arena MRV. Esse comportamento é inaceitável e não representa a torcida do Galo. O Clube irá colaborar com as autoridades de segurança para a identificação dos infratores e a sua responsabilização criminal, e adotará as medidas administrativas cabíveis, com fundamento no Regulamento de Uso da Arena MRV”, disse o clube.
O Atlético manifesta apoio ao goleiro Everson, cuja filha de 13 anos foi vítima de importunação, hoje, na saída da Arena MRV.
Esse comportamento é inaceitável e não representa a torcida do Galo.
O Clube irá colaborar com as autoridades de segurança para a identificação dos… pic.twitter.com/wZG1rbdrDw
— Atlético (@Atletico) September 15, 2025
Entenda o caso
Everson relatou que a filha dele, de 13 anos, foi importunada sexualmente no estacionamento da Arena MRV. De acordo com o atleta, o caso ocorreu após o empate em 1 a 1 com o Santos, pela 23ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Em nota publicada nas redes sociais, o arqueiro destacou que buscará “vias legais para que esse ato não passe impune”. Segundo apurou a Itatiaia, os agressores não foram identificados, mas se tratavam de homens de meia idade. A CNN aguarda uma manifestação da Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais sobre o ocorrido.
“Hoje, ao final do jogo, no estacionamento onde as famílias estacionam o carro, tinham algumas pessoas fazendo cobranças relacionadas ao resultado do jogo de hoje. Porém, alguns cidadãos que se dizem torcedores do time que me empenho todos os dias importunaram minha filha”, começou Everson.
“Não foram ofensas direcionadas à minha pessoa ou ao meu trabalho, mas importunação pessoal e porque não dizer sexual a uma menina de 13 anos. Tenho certeza que todos concordam que as famílias não têm nada a ver com críticas de jogo, quão mais grave é atacar então pessoalmente uma criança”, acrescentou.
“Fica aqui minha indignação e estejam certos que buscaremos vias legais para que esse ato não passe impune”, concluiu.
A esposa de Everson também foi às redes para detalhar o ocorrido.
“Minha filha desceu do carro para me avisar que estavam xingando e pedir que eu solicitasse aos seguranças que tentassem conter a situação. Esses torcedores estavam do outro lado de um portão onde guardamos os carros. O meu carro estava próximo a esse portão que é todo fechado porém vazado e se pode ver através dele”, iniciou.
“Ao retornar para o carro, esses homens começaram a falar sobre ela. O corpo, a aparência foram o tema principal. Não queremos fazer ‘reboliço’, mas de novo venho trazer esse assunto. Não é fácil ser família, e as pessoas fazem questão de tentar dificultar cada vez mais”, seguiu.
“No mais, devo avisar que vou cumprir tudo que falei a esses torcedores no momento. Cada palavra. Enfim, foi isso. Espero que entendam que não gostaríamos de ser os ‘chatos’ da vez porque a ‘fase não é boa’, mas não há outra saída a não ser elucidar a situação e recorrer à lei. Um beijinho e obrigada pelo apoio que recebemos até agora”, finalizou.
A Itatiaia também apurou que Everson ficou sabendo do episódio no vestiário. Revoltado com a situação, o arqueiro não quis conversar com a imprensa na zona mista da Arena MRV.
O que é importunação sexual?
De acordo com o artigo 215-A da Lei nº 13.718, importunação sexual é “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
A pena prevista na legislação para casos do tipo é reclusão de um a cinco anos, se o ato não constituir crime mais grave.
