Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da investigação sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro Política, ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), Jair Bolsonaro, Porta dos Fundos CNN Brasil
O nome do ator e humorista Gregório Duvivier consta na lista de pessoas que foram monitoradas pela Abin Paralela, segundo relatório da Polícia Federal (PF).
A investigação sobre as ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro teve o sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (18).
De acordo com o documento, foi solicitado o levantamento de um dossiê sobre o cofundador do canal “Porta dos Fundos”.
O pedido partiu do policial federal Marcelo Araújo Bormevet, que chefiava o Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin e era homem de confiança do então diretor da agência, delegado Alexandre Ramagem.
Bormevet foi preso pela PF em operação no início de julho de 2024.
O levantamento de informações ficou a cargo de Giancarlo Gomes Rodrigues, subordinado de Bormevet.
“O Gregório já está na minha lista”, escreveu ao receber a ordem, apontou o relatório da PF.
No documento, os investigadores afirmam que “Bormevet e Giancarlo tiveram papel de destaque na organização criminosa (ORCRIM) em especial na tarefa de produção e difusão de desinformação”.
“As campanhas de desinformação eram produzidas pelos servidores a partir de dados disponíveis que eram sistematicamente distorcidos no interesse da organização”, acrescenta o relatório.
“Os servidores foram responsáveis por inúmeras ações de “caçar podres” e ataque sistemático contra aqueles que interferissem na obtenção das vantagens perseguidas pela ORCRIM”, conclui.
A CNN entrou em contato com Duvivier para comentar a citação no relatório e aguarda retorno.
Não foi possível localizar a defesa de Marcelo Araújo Bormevet e de Giancarlo Gomes Rodrigues – o espaço está aberto para manifestação dos citados.