A Audi anunciou uma reviravolta importante na sua estratégia global de eletrificação. Sendo uma das primeiras fabricantes a anunciar uma data-limite para o fim dos motores a combustão, a marca alemã confirmou que não vai mais encerrar a produção de veículos com motores a gasolina e diesel em 2033, contrariando o que havia prometido em 2021.
A partir de agora, a marca adota uma postura mais flexível, determinada pelas condições de mercado e pela demanda dos consumidores. Isso se deve ao momento de reavaliação que está acontecendo no mercado automotivo, já que, há uma desaceleração nas vendas dos carros elétricos. Além de que os custos ainda são elevados para esse modelos e a infraestrutura para recarga é insuficiente em vários países — o que leva a Audi replanejar sua estratégia para o futuro.
A Audi já está trabalhando no desenvolvimento de uma nova geração de motores, que atenderão aos padrões de emissões Euro 7, com previsão de estreia para ainda esse ano. Eles também farão parte de sistemas híbridos plug-in, garantindo uma transição mais gradual entre as tecnologias.
O plano de lançar apenas carros elétricos a partir de 2026 também está sendo revisto. Embora os elétricos continuem como uma aposta central para os próximos anos, a produção e venda de carros com motores a combustão seguirá por tempo indeterminado. Essa decisão vale para todos os mercados onde houver demanda, incluindo países da Europa, Ásia, América Latina e África.
O desenvolvimento elétrico continua sendo prioridade na Audi com plataformas como a PPE (desenvolvida em parceria com a Porsche), que estreia no Q6 e-tron, e a futura SSP, base para os próximos elétricos do Grupo Volkswagen. A marca mantém o plano de ampliar seu portfólio zero emissões.
Os modelos A4, Q5 e a linha RS deverão manter motores a combustão e versões híbridas por pelo menos mais uma década. Paralelamente, a Audi investe em tecnologias e combustíveis de baixo carbono para reduzir as emissões desses motores.
