Ministro deixa a presidência do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que será assumida por Edson Fachin Política, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso CNN Brasil
Em última sessão na presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o ministro Luís Roberto Barroso fez um balanço de sua gestão frente ao órgão de controle do Judiciário nesta terça-feira (23) e citou a redução de 3,5 milhões de processos no último ano.
Barroso deixa a presidência do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal) para que o cargo seja assumido pelo ministro Edson Fachin, na próxima semana, para a gestão do biênio 2025-2027.
Segundo o ministro, todos os juízes brasileiros tiveram uma alta na produtividade de 19,9%. Os dados constam no relatório “Justiça em Números 2025”, lançado também nesta terça.
“Nós julgamos o recorde este ano de 44,8 milhões de processos, baixados definitivamente”, celebrou sobre o resultado do ano passado.
O ministro também citou que o Poder Judiciário tem 18.748 juízes e pouco mais de 4 mil vagas abertas. Ao todo, são mais de 178 mil servidores.
Na mesma sessão, o ministro fez o lançamento do sistema para gestão de precatórios e da Enaju (Escola Nacional da Magistratura) e anunciou novas parcerias na área da sustentabilidade, da segurança pública e de estatísticas do Judiciário.
Em relação à Enaju, segundo o ministro, deve fortalecer a formação de servidores e servidoras da Justiça em todo o país. Aprovada pelo CNJ, ela organizará cursos, promoverá inovação e integrará as escolas judiciais dos tribunais, respeitando a autonomia de cada órgão.
O ministro também fez o lançamento do SisPreq (Sistema Nacional de Precatórios e Requisições de Pequeno Valor), que foi criado para organizar e facilitar a vida de quem lida com precatórios e RPVs (Requisições de Pequeno Valor) — dívidas que o governo precisa pagar após decisões judiciais.
O sistema funcionará como uma plataforma nacional e reúne todas as informações, trazendo mais clareza, agilidade e controle sobre esses pagamentos. Atualmente, os pagamentos são feitos de forma fragmentada.
Em sua fala final, Barroso agradeceu aos servidores do Judiciário, ao sucessor Edson Fachin e foi aplaudido de pé durante a última sessão a frente do CNJ.

