Governo americano revoga vistos de Alexandre de Moraes e outros ministros do STF em resposta a medidas contra Bolsonaro, agravando conflito comercial entre os países Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, CNN Brasil Money, Donald Trump, Estados Unidos, Tarifas CNN Brasil
A tensão política entre Brasil e Estados Unidos escalou após o governo americano revogar vistos de entrada no país para Alexandre de Moraes e outros sete ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e seus familiares.
A medida foi uma retaliação às decisões judiciais contra Bolsonaro.
O conflito diplomático ameaça agravar ainda mais a situação comercial entre os dois países, especialmente em relação à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
Analistas do CitBank avaliam que o caminho para reduzir as tarifas será longo e sinuoso, especialmente após os últimos acontecimentos.
Novas sanções e retaliações
Segundo fontes diplomáticas, os Estados Unidos planejam intensificar as medidas contra o Brasil, podendo aumentar as tarifas para 100%, além de considerar punições em conjunto com a Otan e até mesmo restrições ao uso de satélites e GPS no território brasileiro.
Em resposta, o governo brasileiro estuda contramedidas, incluindo a possibilidade de quebra de patentes de medicamentos e maior fiscalização da remessa de dividendos de empresas americanas que operam no Brasil.
O controle sobre as big techs e aumento da tributação dessas empresas também estão sendo considerados.
Impactos no mercado e economia
O cenário para o mercado brasileiro nas próximas duas semanas permanece incerto.
A consultoria TS Lombard indica que há uma disposição americana de intensificar o conflito, enquanto fontes do mercado financeiro alertam que a situação está se desenvolvendo como uma “tempestade perfeita” nas relações bilaterais.
Por enquanto, o governo brasileiro busca esgotar todas as possibilidades de negociação pela via diplomática, especialmente considerando os interesses dos exportadores brasileiros, que seriam os mais afetados pela taxação de 50% sobre produtos nacionais.