Professores apontam os conteúdos mais cobrados, o que priorizar nos estudos e estratégias para gabaritar Educação, Biologia, Enem, Fuvest, Prova, Unesp CNN Brasil
Biologia é uma das disciplinas mais representativas na prova de Ciências da Natureza do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e, por isso, merece atenção especial dos candidatos. Os temas abordam desde conceitos básicos até aplicações práticas do cotidiano, exigindo interpretação, análise crítica e domínio de vocabulário técnico.
Para ajudar os estudantes a se prepararem de forma estratégica, quatro professores de biologia compartilham orientações sobre como a disciplina costuma ser cobrada, os conteúdos que mais aparecem, o que os alunos precisam saber e dicas para conquistar uma boa pontuação.
Como a disciplina costuma ser cobrada na prova?
Biologia aparece de forma expressiva, entre 17 e 19 questões no Enem. É comum que os enunciados das perguntas misturem temas da disciplina com química e física, tornando-as interdisciplinares. As questões abordam o conteúdo em diferentes linguagens como na forma de gráficos, tabelas e experimentos, e exigem do aluno a capacidade de aplicar o conhecimento teórico a situações reais.
“O Enem prioriza a contextualização. As questões, em geral, partem de situações-problema e pedem a análise de dados e visão crítica. Não basta memorizar o conteúdo: é essencial compreender os processos biológicos e seu impacto na sociedade. Por isso, é necessária a análise criteriosa dos enunciados e verbos de comando de cada questão”, destaca o professor do colégio Progresso Bilíngue, em Campinas (SP), Luccas Zillig.
O que os alunos precisam saber para responder as questões?
Mais do que conhecer fórmulas ou classificações, os estudantes precisam entender os mecanismos por trás de fenômenos naturais e avanços tecnológicos. O Enem valoriza, por exemplo, a relação entre saúde pública e microbiologia, ou entre genética e biotecnologia.
“Ter domínio sobre o funcionamento do corpo humano, cadeia alimentar, ciclo da água, entre outros, é importante. Mas é o raciocínio científico que faz a diferença. O aluno deve saber interpretar situações e propor soluções, como faria um cidadão consciente em temas ambientais ou sanitários”, analisa Henrique Barreto Andrade Dias, coordenador pedagógico do Brazilian International School – BIS, em São Paulo.
Quais conteúdos mais costumam aparecer na prova?
De acordo com a professora de Biologia da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo, Gabriela Kirsten, os temas mais recorrentes são:
– Ecologia: ciclos biogeoquímicos, cadeia alimentar, impactos ambientais, sustentabilidade;
– Citologia: estrutura e função das organelas, transporte celular, metabolismo;
– Genética e biotecnologia: hereditariedade, engenharia genética, testes e diagnósticos;
– Fisiologia humana: sistemas do corpo humano e seus distúrbios;
– Evolução e origem da vida: seleção natural, teoria evolutiva, adaptação das espécies;
– Imunologia: vacinas, vírus e bactérias, doenças infecciosas;
– Parasitologia: doenças endêmicas, profilaxia e vetores;
– Botânica: aborda principalmente o funcionamento das plantas e suas relações com o ambiente e outros seres vivos.
“Ecologia, por exemplo, aparece quase todos os anos, pois permite discutir desde desmatamento até mudanças climáticas. São temas atuais, com forte apelo interdisciplinar e social, e que exigem do aluno não só conhecimento, mas visão crítica”, explica a docente da Aubrick.
Dicas para gabaritar a parte de Biologia
Para conquistar um bom desempenho, a coordenadora pedagógica da Escola Internacional de Alphaville – EIA, de Barueri (SP), Juliana Nico, recomenda que o estudo vá além da leitura passiva. Exercícios, mapas mentais e discussões em grupo são estratégias eficazes.
“O segredo é revisar conteúdos-chave com frequência e resolver provas antigas. Assim, o aluno aprende a identificar padrões de cobrança e a se familiarizar com a linguagem do Enem. Outra dica é conectar o conteúdo à realidade, como discutir temas de saúde pública ou biodiversidade com base em notícias publicadas pela imprensa”, aconselha a educadora. Ela também destaca outras boas práticas:
– Use mapas mentais e esquemas: ajudam a visualizar conexões entre os temas;
– Resolva simulados por tema: facilite a identificação de lacunas de conhecimento;
– Atualize-se com notícias científicas: o Enem costuma contextualizar os temas com eventos recentes;
– Fique atento à linguagem científica: interpretar corretamente os termos técnicos faz diferença.
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