Ademilson Ferreira dos Santos, apontado como o principal suspeito, teve a prisão temporária solicitada e aguardava decisão judicial São Paulo, -agencia-cnn-, Envenenamento, Polícia Civil, São Paulo (estado) CNN Brasil
Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto do jovem de 20 anos internado, em estado grave, após ingerir um “bolinho de mandioca” supostamente envenenado, foi preso pela Polícia Civil.
O padrasto da vítima, apontado como o principal suspeito, teve a prisão temporária solicitada e aguardava decisão judicial. Anteriormente, o pedido foi negado. O homem foi preso na tarde desta quarta-feira (16).
Inicialmente, a polícia investigava o caso com foco na tia da vítima, mas as investigações apontaram uma reviravolta. Segundo a delegada Liliane Lopes Doretto, o envenenamento foi direcionado a Lucas, e o padrasto passou a ser o principal suspeito.
Lucas deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com uma lesão na língua e sintomas de intoxicação, afastando a hipótese inicial de envenenamento por chumbinho.
“Pensei em matar”
Ademilson afirmou em uma mensagem enviada a um pastor que chegou a cogitar matá-lo.
Lucas está internado em estado grave após comer um bolinho de mandioca. Na conversa, de junho, Ademilson desabafa sobre o comportamento do enteado.
“Disse que não gosta mais de mim. Está muito rebelde, usando até corrente. Não estou bem da cabeça, com problema de coração por causa dele.”
No fim da mensagem, ele revela a intenção homicida: “Disse que ia alugar casa, eu não deixei, pensei até em matar ele, mas Deus não deixou.
Veja contradições em depoimentos do suspeito
Motivação e investigações
A motivação do crime parece estar ligada a um ciúme excessivo e possessividade do padrasto em relação ao enteado. Há relatos de que ele abusava sexualmente dos enteados há anos e temia que Lucas o deixasse.
O jovem estava planejando iniciar um relacionamento e se mudar de cidade dias antes do ocorrido, o que pode ter sido o gatilho para o ato. A mãe, apesar de ciente dos abusos no passado, demonstrou ser muito acuada e omissa.
A vítima segue internada em leito de terapia intensiva, em estado grave, porém estável, necessitando de hemodiálise e suporte ventilatório. Embora a suspeita inicial fosse de “chumbinho”, o médico descartou essa hipótese, apontando uma lesão na língua inconsistente com esse tipo de veneno, sugerindo que outra substância, possa ter sido utilizada.
A polícia aguarda os laudos periciais e toxicológicos para determinar a substância exata e a causa da intoxicação. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária de Admilson, mas a justiça negou o pedido.