Segundo a delegada do caso, Liliane Lopes Doretto, o homem abusava sexualmente do enteado; crime segue sendo investigado São Paulo, -agencia-cnn-, Abuso, Bolo envenenado, Investigação CNN Brasil
A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso de um jovem, de 20 anos, que foi envenenado após comer um “bolinho de mandioca”, na sexta-feira (11). Segundo a delegada do caso, Liliane Lopes Doretto, o padrasto é apontado como o principal suspeito.
Inicialmente, a tia da vítima era investigada como a responsável pelo crime, mas durante depoimentos, o padrasto demonstrou diversas controvérsias e inconsistências. Além disso, foi apontado que ele teria entregue os cincos “bolinhos” pontualmente para cada membro da família.
Ainda de acordo com a delegada, o suspeito abusava dos enteados e tinha uma relação de ciúmes com a vítima. Durante relato, a mãe do jovem afirmou que sabia dos abusos cometidos contra os filhos.
Conforme apuração, o envenenamento foi direcionado à vítima. Ele estaria tentando entrar em um relacionamento e iria mudar de cidade dias antes do ocorrido, o que poderia ter motivado o padrasto a cometer o ato, devido o comportamento que tinha com o jovem.
A polícia aguarda o laudo para determinar a causa da intoxicação, mas segundo o médico não foi utilizado “chumbinho”, como indicado a princípio. “O médico relata lesão na língua, que não condiz com nenhuma ingestão de medicamento ingerido”, informa Liliane.
Relembre o caso
Um jovem, de 20 anos, foi internado após comer um “bolinho de mandioca”, preparado e enviado pela própria tia, que pode ter sido envenenado. O caso ocorreu na sexta-feira (11), em São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista.
Após passar mal com a ingestão do alimento, o homem foi levado à uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e deu entrada no local com sintomas de intoxicação. A suspeita inicial é de que foi utilizado “chumbinho” na receita.
Segundo a Secretaria de Saúde, o jovem segue internado em leito de terapia intensiva, em estado grave, porém estável, com suporte ventilatório e vigilância neurológica. Além disso, o órgão afirmou que “o paciente evoluiu com necessidade de realização de hemodiálise e são aguardados resultados de exames que identifiquem o que ocasionou esse quadro.”
Segundo familiares do jovem, todos os membros da família comeram os “bolinhos”, mas só ele passou mal. Os pais dele também afirmam que não tem um bom relacionamento com a tia do garoto. Eles disseram que essa foi a primeira vez que a mulher enviou comida para casa dos familiares.
Em depoimento à polícia, a tia do jovem negou ter adicionado veneno nos bolinhos e afirmou que “os ingeriu com sua família e seus animais de estimação e que ninguém passou mal.”
Foram feitas diligências na casa do garoto e na residência da tia. Nos locais, a perícia coletou amostras da massa dos “bolinhos” e também de alimentos. Também foi solicitado um exame toxicológico da vítima. A Polícia aguarda os resultados das solicitações.
*Sob supervisão de Pedro Osorio

