Além do ex-presidente, Mauro Cid teria apontado que Braga Netto teve “relevante participação” na incitação de movimentos populares
Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolsonaro incentivou pedido de intervenção das Forças Armadas, diz PGR no site CNN Brasil. Política, Jair Bolsonaro, Mauro Cid, PGR (Procuradoria-Geral da República), trama golpista CNN Brasil
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, teria confirmado que o ex-presidente da República “deliberadamente” incentivou seus apoiadores a pedirem por uma intervenção das Forças Armadas, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) oferecida nesta terça-feira (18).
“O colaborador MAURO CÉSAR BARBOSA CID confirmou que BOLSONARO deliberadamente estimulava a expectativa da população, a fim de provocar uma ação que justificasse a intervenção das Forças Armadas”, aponta a PGR.
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cid teria afirmado que Aparecido Portela, militar da reserva do Exército, trocava mensagens com o ex-presidente e esteve próximo dele ao longo do mês de dezembro, incentivando “a realização de ações que possibilitassem a ruptura institucional”.
“Na mensagem do dia 26 de dezembro, ao cobrar ‘se o churrasco seria feito’, Aparecido Portela estava cobrando a efetivação do golpe, pois ao dizer ‘o pessoal que colaborou com a carne’ estava se referindo a pessoas do agronegócio que contribuíram financeiramente para a mobilização e manutenção de inúmeras pessoas na frente dos quartéis”, apontou a denúncia.
“O então presidente sempre dava esperanças que algo fosse acontecer para convencer as Forças Armadas a concretizarem o golpe. O colaborador inclusive afirma que esse foi um dos motivos pelos quais o então Presidente Jair Bolsonaro não desmobilizou as pessoas que ficavam na frente dos quartéis.”
Cid teria apontado que, além de Bolsonaro, Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice em 2022, tinha “relevante participação” na incitação dos movimentos populares.
“[Era Braga Netto] quem mantinha contato entre os manifestantes acampados na frente dos quarteis e o Presidente da República”, disse Cid segundo a PGR.
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