País asiático absorveu quase 15% da carne de frango brasileira em 2024 e interrompeu importações após surto de influenza aviária Macroeconomia, -agencia-cnn-, carne de frango, China, frango, Gripe Aviária CNN Brasil
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu ao primeiro-ministro da China, Li Qiang, a reabertura do mercado chinês para a carne de frango do Brasil após o surto de gripe aviária no país.
A conversa ocorreu durante encontro de Li com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado, à margem da cúpula de líderes do Brics, no Rio de Janeiro. Fávaro participou da reunião.
O ministro disse à CNN ter lembrado ao primeiro-ministro que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) já ratificou a autodeclaração do Brasil como livre da influenza aviária de alta patogenicidade em granjas comerciais.
“Ele disse que já tinha ciência [do status brasileiro] e prometeu analisar o mais rápido possível”, afirmou Fávaro, em conversa com a CNN.
A China absorveu quase 15% das exportações brasileiras de carne de frango em 2024, com 562 mil toneladas, o que rendeu quase US$ 1,3 bilhão ao Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, 23 países já eliminaram totalmente as restrições à entrada de carne de frango proveniente do Brasil após o surto de gripe aviária, incluindo Emirados Árabes Unidos, segundo maior mercado para o produto.
Japão e Arábia Saudita, terceiro e quarto maiores importadores da carne de frango brasileira, mantêm restrições limitadas apenas às granjas do Rio do Grande do Sul ou de municípios gaúchos isoladamente.
O principal foco agora do governo é reabrir a China, por sua dimensão, e a União Europeia. A UE é somente o sétimo maior mercado para o produto, mas o rigor de suas exigências faz o Ministério da Agricultura avaliar que uma reabertura dos europeus provocaria um “efeito dominó” nos países ainda com limitações.
Além da questão relacionada ao frango, Fávaro disse ter pedido ainda a Li o reconhecimento da China do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, o que impactaria positivamente as exportações de carne bovina.
Esse status foi concedido pela OMSA em maio, mas cada país é livre para seguir ou não o organismo internacional.
A China se comprometeu, também, a avaliar proposta brasileira de regionalização dos certificados brasileiros de origem animal.
