Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia: parque evacua área para resgate 

Medida visa agilizar a evacuação para o resgate da brasileira Juliana Marins, de 24 anos  Brasil, -agencia-cnn-, Indonésia, Resgate, Vulcão CNN Brasil

O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, anunciou o fechamento temporário da rota de escalada de Pelawangan Sembalun ao Pico Rinjani, a partir desta terça feira (24), por tempo indeterminado.

A medida visa agilizar a evacuação para o resgate da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que está desaparecida após um grave acidente durante uma trilha no vulcão na última sexta-feira (20).

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Em comunicado nas redes sociais, o parque afirmou que a suspensão — após mais de três dias do desaparecimento da brasileira — visa “garantir a segurança das equipes de resgate e visitantes, permanecendo em vigor até a conclusão da operação”. O fechamento ocorre em meio aos intensos esforços para resgatar a brasileira.

Brasileira cai durante trilha na Indonésia e espera resgate há 14 horas | AGORA CNN

Natural de Niterói, Rio de Janeiro, Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo visitado países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Durante a trilha, ela tropeçou, escorregou e caiu a uma distância de cerca de 300 metros.

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Após a queda, ela não conseguia se levantar, movendo apenas os braços e olhando para cima. Turistas que passavam pelo local avistaram Juliana cerca de três horas depois do acidente e comunicaram sua família pelas redes sociais, enviando a localização exata, fotos e vídeos, incluindo imagens de drone.

Resgate

O resgate de Juliana tem enfrentado inúmeros desafios. Sua irmã, Mariana Marins, desmentiu informações iniciais sobre um suposto resgate bem-sucedido e a entrega de suprimentos, afirmando que as equipes não conseguiram chegar até ela devido a cordas de tamanho insuficiente e baixa visibilidade. A família classificou vídeos que alegadamente mostravam o resgate como “forjados”.

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As principais dificuldades para o resgate incluem:

• Terreno Íngreme e de difícil acesso: A região do vulcão Rinjani é descrita como de difícil acesso, com um terreno íngreme que impede a progressão das equipes.
• Condições climáticas adversas: A presença de muita neblina reduz severamente a visão, e o sereno deixa as pedras escorregadias. As buscas foram interrompidas várias vezes devido à piora do tempo.
• Deslocamento contínuo: A família relata que Juliana continua “escorregando” montanha abaixo. Um drone do Parque Nacional do Monte Rinjani a avistou a aproximadamente 500 metros penhasco abaixo, “visualmente imóvel”. Juliana está desamparada há mais de 72 horas.

O Itamaraty foi acionado e está em contato de alto nível com o governo indonésio, solicitando reforços nos trabalhos de buscas. As buscas foram retomadas na manhã de terça (24) no horário da Indonésia.

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A família considera o envio de um helicóptero como a “última esperança” para o resgate, e esta opção está sendo cogitada, embora dependa de análises e as condições climáticas atuais tornem o voo impossível. O pai de Juliana, Manoel Marins Filho, enfrentou dificuldades para chegar à Indonésia, ficando retido em Lisboa devido ao fechamento do espaço aéreo no Catar.

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Um turista brasileiro, Vinicius dos Santos, que desistiu de subir o vulcão Rinjani no final de 2023, alertou para a precariedade da infraestrutura de segurança na região, descrevendo o turismo como “por sua conta e risco” devido à escassez de sinalização, resgate lento e guias sem equipamentos adequados.