Faltou espaço. No último ano, a gama de modelos da BYD à venda no Brasil dobrou e ainda houve atualizações para o Song Plus e para o Tan. A fabricante precisou ampliar o espaço do seu centro de distribuição de pecas no Brasil exponencialmente.
Agora, são vários galpõES dentro do complexo da GDI em Cariacica (ES). Esta empresa de logística e distribuição também se encarrega de receber, nacionalizar e estocar carros da BYD em pátios adjacentes aos galpões – e que receberão mais 5.500 BYD nos próximos dias.
Em março, a BYD inaugura a mais nova expansão do seu depósito de peças, quando terá quase quadruplicado suas posições para pallets no espaço no intervalo de um ano. A área de estoque terá aumentado de 4.000 m² para 24.000 m².
Em fevereiro de 2024, o local podia abrigar 5.600 pallets e agora serão 19.911. Em números de peças diferentes, são 16.517 itens hoje contra 9.602 de um ano atrás. Alguns itens são comuns a quase todos os carros, como o filtro do ar-condicionado, módulos eletrônicos, chicotes e telas, mas esse compartilhamento chega aos itens mais mínimos, como parafusos e fixadores.
Para o cliente, isso se traduz em um estoque com um total de 718.042 peças disponíveis – eram 370.692 há um ano.
Mas o que garante que essas peças cheguem às concessionárias em tempo hábil é uma logística que começa na expedição das peças. Para dar vazão, foi necessário escalar de 600 envios diários para até 2.661. A demanda por peças aumenta conforme as vendas, que também cresceram exponencialmente nos últimos meses.
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O prazo de entrega pode variar. De Cariacica para São Paulo, o transporte demora de 24 a 48h, mas a média de atendimento no Brasil é de 3 dias. Para algum item que vem da China, o prazo é de 15 dias.
A BYD ainda determina que seus concessionários tenham um estoque de componentes com alta rotatividade para atendimento rápido. Também para agilizar, um novo centro de distribuição no interior de São Paulo será inaugurado no segundo trimestre para acelerar a chegada de peças às lojas.
Quais peças dos BYD não estão no Brasil?
Andando pelo estoque de peças de reposição encontra-se de tudo. Para-choques, peças de acabamento, duros, suspensão completa e alguns itens inusitados, como o chip de dados que é instalado nas centrais multimídia e até coletes refletivos que acompanham o kit original de pneus sobressalentes, mas que não são necessários no Brasil.
Isso se dá porque já existe um pacote de peças de reposição pré-definido para todo carro que será lançado. A intenção é que 100% das peças estejam disponíveis no Brasil a pronta entrega e, para isso, também é necessário um acompanhamento constante de demanda das peças.
“O que pode acontecer é de um componente ser atualizado, ter uma versão mais recente e esse componente precisar vir da China, mas é muito raro”, explica Rogério Suzart, gerente de logística da BYD. De acordo com ele, ainda não há pecas de reposição feitas no Brasil. “Quando isso acontecer, elas serão feitas pela própria BYD no complexo de Camaçari (BA)”.
A unidade deverá iniciar a produção no segundo semestre, com a montagem local de carros das famílias Dolphin e Song, que são os maiores sucessos de vendas da BYD no Brasil.
