A CNN reuniu dicas de como melhorar a experiência de seu bichinho no daycare Lifestyle, Animal de Estimação, Cachorros CNN Brasil
A rotina corrida e a necessidade de se ausentar durante longos períodos podem ser prejudiciais para os bichos de estimação, que ficam ansiosos e tristes quando sozinhos. Por isso, nas cidades foram criadas as creches — ou os daycares — de cachorros.
A interação com outros animais e as brincadeiras podem ser positivas para eles, que voltam cansados e mais calmos para casa. Entretanto, algumas observações devem ser feitas antes de enviar o pet para esses locais a fim de garantir sua segurança e saúde.
Para ajudar na busca pelo lugar ideal, Igor Soffo, médico-veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba), deu dicas à CNN sobre como identificar sinais de que algo pode não estar adequado.
Cuidados de saúde
É importante verificar se o local exige que os alunos estejam com o protocolo das vacinas — como as V8, V10 e de raiva — em dia, façam o uso do vermífugo regularmente e estejam todos castrados.
Assim, são minimizadas as chances de que eles passem doenças uns para os outros enquanto brincam.
Infraestrutura essencial
Antes de enviar seu cachorrinho para uma creche, busque por indicações ou depoimentos de outros tutores que confiam no lugar, para ter certeza de que é um espaço adequado para o serviço.
O prédio deve ter limitadores de acesso à rua — como muros e cercas — proteção contra intempéries, com espaço para os dias de chuva ou frio, e oferecer um ambiente calmo para o bichinho.
Além disso, é essencial que os cachorros tenham supervisão qualificada durante todo o período em que estiverem na creche.
Perguntas importantes
Ao definir qual será o local em que seu pet passará o dia, é importante fazer perguntas sobre a rotina que eles seguem no espaço: verificando se há momentos específicos para o descanso e a alimentação.
Ainda, é essencial saber se a equipe recebe treinamento especializado regularmente, confirmando que todos estão preparados para possíveis acidentes e desentendimentos entre os cachorros.
Período de adaptação
Deixar o pet sozinho no período completo logo nos primeiros dias não é o ideal. Para a adaptação ser saudável para o bichinho, é importante aumentar gradualmente o tempo de permanência.
Na primeira vez no local, o ideal é que ele fique por volta de 30 minutos, seguido por 45 minutos, 1 hora, até que ele consiga passar o dia inteiro na creche.
“É importante que o tutor participe dessa adaptação, que ele tenha disponibilidade para buscar o animal na hora certa e, eventualmente, estar próximo dele, já que alguns animais têm um pouco mais de dificuldade para se adaptar”, disse o veterinário Igor Soffo.
Sinais de alerta
Em alguns casos, o cachorro pode ter problemas na adaptação ou com episódios que estejam acontecendo no local de recreação. Para detectar possíveis traumas, é importante observar comportamentos como medo, vômito, recusa a comer e medo de subir ou descer do carro — caso seja o meio de transporte até a creche.
“Se ele volta para casa assustado, com medo, tremores e tentando se esconder do tutor por estar com receio de ter que voltar para a creche, é importante se atentar”, disse o médico.
Além disso, o aparecimento de lesões não justificadas pelos responsáveis pela supervisão, também pode ser um sinal negativo. Por mais que a interação entre os cachorros possa gerar alguns arranhões, as feridas devem ser explicadas ao enviar o pet de volta para casa.
Periodicidade
“Temos que considerar que os animais gostam de seguir uma rotina, então o excesso de tempo no daycare também pode ser um problema. O ideal é que sejam dias intercalados: vai para a creche um dia e no outro ele descansa, em torno de duas a três vezes por semana”, contou Igor Soffo.
A decisão da periodicidade ideal para cada bichinho vai depender da idade e da energia que cada pet tem. Animais mais idosos devem ficar menos nesses estabelecimentos, já que podem se cansar mais rápido da interação com os outros animais.
As idas excessivas à creche podem gerar hiperestimulação, deixando o bichinho — em vez de cansado e mais tranquilo — agitado e com mais tendência a destruir objetos.
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