A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou nesta quarta-feira (19) que 2024 foi o ano mais quente dos últimos 175 anos, segundo registros científicos. As temperaturas ultrapassaram em mais de 1,5°C os níveis do período pré-industrial (1850-1900), estabelecendo um novo recorde.
O relatório indica que o aquecimento global de longo prazo está estimado entre 1,34°C e 1,41°C em comparação ao mesmo período. A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, ressaltou que, embora um único ano acima de 1,5°C não comprometa diretamente os objetivos do Acordo de Paris, esse dado serve como um alerta sobre os riscos crescentes para a vida e a economia.
O aumento das emissões de gases do efeito estufa, combinado com os fenômenos climáticos La Niña e El Niño, foi apontado como o principal fator desse recorde. O estudo também destacou níveis inéditos de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso na atmosfera, além do aquecimento acelerado dos oceanos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que ainda é possível conter o aquecimento global, desde que os líderes mundiais adotem medidas urgentes, como a implementação de planos nacionais para o clima e a ampliação do uso de energias renováveis. O relatório foi elaborado com dados de cientistas e instituições parceiras da ONU.
O post Calor extremo: ONU declara 2024 como ano mais quente em 175 anos apareceu primeiro em LFTV.
