Jake “Boaster”, da Fnatic, falou com exclusividade à CNN e também se derreteu por São Paulo, onde venceu o Lock In de 2023 eSports, CNN Esportes, Valorant CNN Brasil
Jake “Boaster” é um velho conhecido das torcidas brasileiras no VALORANT, mas não pelo melhor dos motivos.
O jogador da Fnatic é conhecido como carrasco de equipes do Brasil. Não só venceu o MIBR no Champions de Paris ainda na fase de grupos, mas também participou da final histórica do LOCK IN, torneio especial do VALORANT Champions Tour (VCT), que aconteceu em São Paulo em 2023.
Na ocasião, a LOUD, equipe brasileira, começou a final contra a Fnatic perdendo por 2 a 0, conseguiu empatar, mas perdeu no último mapa jogando em casa.
Boaster falou com exclusividade à CNN após o jogo contra a NRG nesta sexta-feira (3), em Paris, e rasgou elogios ao VALORANT brasileiro.
“Eu acho que o VALORANT brasileiro tem muito talento bruto. E uma vez que você forma um grupo de cinco que consiga ter uma ótima sintonia e uma boa estratégia, o potencial é sem limites. Eles (brasileiros) podem ser um time realmente assustador, e já vimos isso no passado”, disse o inglês.
Mudança pode ter afetado o rendimento
O Brasil tem um troféu do Champions conquistado pela LOUD em 2022, mas de lá para cá perdeu espaço no cenário internacional. Na edição deste ano, o MIBR ficou em 5/6º lugar, algo inesperado pela temporada que apresentou, mas abaixo do que o Brasil já conquistou em outros momentos.
Para Boaster, a mudança dos times para Los Angeles, sede do VCT Américas, impacta diretamente no rendimento dos times brasileiros.
“Acho que este ano tem sido um pouco abaixo para o Brasil, e acho que foi sido difícil para eles se mudarem para Los Angeles e se adaptarem a tudo, longe da família, eles são jovens e é muito difícil. Acho que as pessoas não entendem isso”, explicou.

Um pouco de sorte
Para o jogador inglês, falta ao Brasil formar elencos bons que encaixem e voltem a ser dominantes no cenário mundial.
Espero que no ano que vem eles consigam montar um elenco que possa ajudá-los a estar entre os principais concorrentes, e que as pessoas comecem a acreditar no Brasil de novo. Porque eles foram dominantes em outros jogos de FPS, foram bem dominantes no VALORANTE e eles têm potencial. É só questão do jogador certo, na hora certa e um pouco de sorte
Boas lembranças de São Paulo
Mesmo com a “bronca” do público brasileiro após a final do Lock In de São Paulo, Boaster se derreteu pela cidade e revelou que foi o maior evento do qual já foi campeão na carreira.
“Eu penso até hoje que São Paulo é um dos eventos de estádio mais legais que eu já estive, com aqueles quatro andares de torcida. (…) Hoje eu estava olhando para a multidão e tive flashbacks de São Paulo, de como eram os quatro andares e como os brasileiros estavam ficando loucos na época”, recordou.
Lembro muito daquele evento e, se tiver que escolher o maior evento que eu venci na minha carreira, que seja esse, foi ótimo.
Por fim, Boaster deixou um recado para os fãs e times brasileiros.
“Obrigado por aqueles que ainda estão nos apoiando. Eu acredito na reação do Brasil. Sabe, Fúria, MIBR, LOUD. Espero que tenham um ótimo ano que vem, que arrasem na off-season, e mal posso esperar para jogar contra vocês de novo”, concluiu.
Depois de perder para a NRG nesta sexta-feira (3), a Fnatic volta a jogar neste sábado (4) pela última vaga na final do VALORANT Champions. O time inglês enfrenta a DRX, que venceu a Paper Rex, a partir das 8h (de Brasília).
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