Segundo autoridades, os atos aconteceram devido aos esforços do governo para reprimir o tráfico de drogas no país
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A Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT) informou que quatro carros foram incendiados durante os recentes ataques às prisões na França, que aconteceram na noite da última terça-feira (15). Três deles estavam na prisão de Tarascon, enquanto o outro pertencia a um guarda prisional de Aix-Luynes, no sul do país.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (16) que pretende punir e rastrear os responsáveis pelos ataques. Segundo autoridades do alto escalão do governo francês, os atos aconteceram em resposta aos esforços do governo para reprimir o tráfico de drogas.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a PNAT disse que já abriu uma investigação para a onda de ataques, que já afetou pelo menos nove unidades prisionais e outras instituições – incluindo uma escola para funcionários penitenciários – que foram alvos nas noites de segunda e terça-feira.
“Alguns estão tentando intimidar nossos agentes penitenciários e atacando (as prisões) com violência inaceitável. Eles serão encontrados, sentenciados e punidos”, disse Macron no X.
Certains cherchent à intimider nos personnels pénitentiaires et s’attaquent avec une violence inadmissible aux établissements. Ils seront retrouvés, jugés et punis.
Notre troisième force de sécurité intérieure accomplit une mission essentielle…
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) April 16, 2025
Combate ao tráfico de drogas
O governo indicou traficantes de drogas como possíveis suspeitos, mas também disse que essa era uma entre várias opções que estão sendo investigadas.
“Há claramente pessoas que tentam desestabilizar o Estado por meio da intimidação”, disse o ministro da Justiça, Gerald Darmanin, à CNews TV e à rádio Europe 1. “Estamos tomando medidas muito firmes que estão levando os traficantes de drogas a reagir”, completou.
Letras de grafite com a inscrição “DDPF” – aparentemente uma sigla para “direitos dos prisioneiros franceses” – foram pichadas em alguns dos locais dos ataques, que, segundo algumas fontes policiais, poderiam ser obra de grupos militantes de esquerda desconhecidos.
Um grupo do Telegram com o mesmo nome, criado um dia antes do ocorrido, está sendo investigado pela polícia em busca de pistas sobre quem pode estar por trás dos ataques, disseram a PNAT e Darmanin.
O jornal Le Parisien também informou que um homem suspeito de pertencer ao grupo foi preso, mas ainda não está claro qual foi seu papel nos ataques.
O governo francês vem lutando contra o que chamam de um “tsunami” de cocaína entrando no país, que vêm de anos de importações recordes de cocaína sul-americana para a Europa, o que transformou os mercados locais, desencadeando uma onda de violência.
Apesar da apreensão recorde da droga na França, as gangues estão colhendo lucros inesperados à medida que se expandem de bases de poder tradicionais em cidades como Marselha para cidades menores, que não estão acostumadas à violência do mercado de drogas.
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