Normalmente, durante paralisações anteriores, havia licenças temporárias; democratas dizem que ato é tentativa de intimidação Internacional, Casa Branca, Donald Trump, Estados Unidos CNN Brasil
A Casa Branca pediu às agências federais dos Estados Unidos que preparassem planos para demissões em massa durante uma possível paralisação do governo na próxima semana.
Normalmente, durante paralisações anteriores, havia licenças temporárias.
O OMB (Escritório de Administração e Orçamento, na sigla em inglês) da Casa Branca enviou memorando aos órgãos federais e pediu que eles identificassem programas, projetos e atividades em que o financiamento discricionário expire em 1º de outubro se o Congresso dos EUA não aprove uma legislação para manter o governo federal funcionando.
“Os programas que não se beneficiaram de uma infusão de dotações obrigatórias sofrerão o impacto de uma paralisação”, pontuou o OMB.
As agências foram instruídas a enviarem seus planos de redução da força de trabalho ao OMB e a emitir avisos aos funcionários.
Não ficou claro se a Casa Branca estava tentando tirar proveito de uma possível paralisação para reduzir a força de trabalho federal ou se era uma tática de negociação para forçar os democratas a concordarem em aprovar a legislação de financiamento dos republicanos.
Na terça-feira (23), Trump desistiu de uma reunião com os principais líderes democratas do Congresso para discutir o financiamento do governo, aumentando o risco de uma paralisação parcial na próxima semana. Republicanos e democratas têm se culpado mutuamente pelo impasse.
“Essa é uma tentativa de intimidação”, disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, em um comunicado. “Donald Trump tem demitido funcionários federais desde o primeiro dia — não para governar, mas para assustar”, acrescentou.
Ele previu que todas as demissões em massa serão anuladas no tribunal, como já aconteceu outras vezes.
Redução da força de trabalho federal nos EUA
Ao assumir o cargo em janeiro, Trump lançou uma campanha para reduzir a força de trabalho civil federal, que era de 2,4 milhões de pessoas.
Segundo ele, o governo está inchado e é ineficiente.
Cerca de 300 mil funcionários civis federais terão deixado seus empregos até o final de 2025, disse o diretor do Escritório de Gestão de Pessoal, Scott Kupor, à Reuters em agosto.

