A reforma da igreja-mansão custou cerca de R$ 3,2 milhões e o casal optou por preservar e respeitar os mais 300 túmulos no quintal da propriedade
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O que parecia impossível se tornou realidade nas mãos do casal Sean e Debs Kennedy-Tallis: eles compraram uma igreja centenária em Denholme, Inglaterra, em um leilão e transformaram em uma grande mansão totalmente reformada por dentro e por fora.
O casal adquiriu em 2017 a propriedade construída em 1846, em estilo gótico, que estava, literalmente, caindo aos pedaços. O local já não tinha mais teto, os móveis que restavam ainda no interior da igreja estavam deteriorados pelo tempo e por depredações de invasores que constantemente invadiam o local (assista ao vídeo abaixo). No Youtube é possível encontrar jovens que entravam no antigo templo para mostrar o grau de destruição da propriedade.
Sean e Debs pagaram cerca de R$ 660 mil pela igreja de St. Paul, começaram a reformar a propriedade e gastaram mais R$ 3,2 milhões. Agora o casal colocou a mansão à venda por R$ 11,6 milhões.
Os dois deram entrevistas para veículos internacionais e disseram que pensaram diversas vezes em desistir de tudo, se perguntavam se tinham feito “a coisa certa”, enquanto moravam em um trailer no terreno da igreja durante as obras.
Entre os novos cômodos recriados na nova mansão, a antiga “chancelaria” agora se tornou uma área de estar com direito a um fogão a lenha. Uma das áreas da mansão virou uma sala de ioga, com uma janela grande que privilegia a entrada de luz natural.
Outra mudança impressionante foi o altar da igreja, que foi transformada em uma grande sala de estar, com direito a uma mesa de jantar para oito pessoas, cores vibrantes nas paredes, decoração que mistura moderno e clássico e até uma obra de arte preservada entre a estrutura original da propriedade. Acima deste cômodo foi instalado um mezanino com um escritório, com janelas gigantes que dão uma uma vista bem natural.
Um detalhe que pode parecer sombrio é que Sean e Debs optaram por preservar o cemitério que está ao redor da igreja-mansão, com mais de 300 túmulos. De acordo com a organização Imperial War Museums, que preserva a memória dos combatentes das guerras, ali na antiga igreja de St. Paul estão enterrados os restos mortais de combatentes da Primeira (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O cemitério foi inaugurado em 1921 e foi fechado em 1997 devidos aos problemas estruturais. A igreja é tomada pelo patrimônio histórico e, portanto, sua estrutura externa não pode ser demolida ou modificada.
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