Primeira competição indígena chancelada pela entidade terá mais de 2.400 atletas de 48 etnias e começa no segundo semestre de 2025 Futebol, CBF (Confederação Brasileira de Futebol), CNN Esportes CNN Brasil
Cânticos tradicionais, pinturas corporais e sorrisos de quem carrega no corpo a força de gerações marcaram o lançamento da Taça dos Povos Indígenas, nesta terça-feira (15), na Aldeia Multiétnica, em Alto Paraíso de Goiás. O evento, que reuniu mais de 300 indígenas de 48 etnias, oficializou o início do primeiro torneio indígena nacional com chancela da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Representantes da CBF, do Ministério da Cultura, do Ministério dos Povos Indígenas, do Ministério do Esporte e lideranças tradicionais participaram da cerimônia, que também contou com a presença do prefeito de Alto Paraíso e de membros da CBDU e da CBF Academy.
Para Líbia Miranda, diretora executiva da Four X Entertainment, produtora responsável pela organização do torneio, o lançamento já mostrou o impacto simbólico da iniciativa.
“Foi emocionante ver tantas culturas reunidas em um território sagrado, celebrando o futebol como ferramenta de união e resistência. A Taça nasce para ser muito mais do que um campeonato, mas uma plataforma de visibilidade e fortalecimento dos povos indígenas dentro e fora do esporte.”
A Taça dos Povos Indígenas será disputada durante o segundo semestre de 2025, com a participação de mais de 2.400 atletas. Além dos jogos, o torneio terá oficinas de formação, palestras e atividades sobre saúde, meio ambiente e direitos no esporte, voltadas a atletas, técnicos e lideranças.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçou o caráter histórico do projeto.
“É com grande alegria que o Ministério apoia a realização da Taça dos Povos Indígenas. Esta iniciativa histórica reafirma o protagonismo dos nossos povos também no esporte, enaltecendo culturas, territórios e saberes ancestrais. O futebol, que é paixão nacional, torna-se aqui uma ferramenta de união, visibilidade e fortalecimento da nossa identidade. Seguimos juntos, construindo um Brasil mais diverso, mais justo e com a valorização dos povos originários. Tenho certeza de que a Taça dos Povos Indígenas será um grande marco e deixará um legado que vai além das fronteiras do esporte”, concluiu Sônia.
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