Com investimento de R$ 2 milhões, empresa amplia monitoramento de áreas de risco e aposta em tecnologia para garantir segurança e eficiência operacional
Este conteúdo foi originalmente publicado em Cemig aposta em nanossatélites para combater invasão a redes de alta tensão no site CNN Brasil. Negócios, Cemig, CNN Brasil Money, nanossatelites, Satélites CNN Brasil
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está recorrendo à tecnologia espacial para proteger suas redes de alta tensão contra ocupações irregulares.
Com um investimento superior a R$ 2 milhões nos últimos cinco anos, a empresa passou a utilizar imagens captadas por nanossatélites para identificar construções que invadem as faixas de segurança sob suas Linhas de Transmissão (LTs) e Linhas de Distribuição (LDs), espalhadas por 774 municípios mineiros.
O projeto faz uso da plataforma Planet, empresa norte-americana que opera uma constelação de mais de 130 nanossatélites Dove, capazes de gerar imagens diárias da área de concessão da Cemig.
As imagens são processadas no Brasil pela empresa SCCON, que utiliza algoritmos de inteligência artificial (IA) para mapear alterações no uso do solo.
Segundo o engenheiro de Transmissão da Cemig, Carlos Alexandre do Nascimento, a combinação entre monitoramento via satélite e ações de campo tem garantido resultados expressivos.
“A Cemig validou em campo que a tecnologia de nanossatélites é uma ferramenta poderosa para a gestão de ativos do setor elétrico”, afirma.
A empresa também investe em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como a parceria com o Senai-SC, voltada à criação de uma plataforma nacional de processamento de imagens satelitais.
Segundo a Cemig, os invasores incluem condomínios de alto padrão, estabelecimentos comerciais e até indústrias têm sido identificados como responsáveis por construções em áreas proibidas.
“Essa fiscalização é essencial para a preservação da vida. Esses locais oferecem riscos sérios de acidentes elétricos”, alerta Nascimento.
Quando novas invasões são detectadas, a companhia aciona a Justiça e notifica os responsáveis, buscando conscientizá-los sobre os perigos envolvidos.
Além de detectar invasões, a tecnologia tem sido explorada para outras finalidades, como a classificação de tipos de solo, o monitoramento do crescimento da vegetação e a limpeza de faixas de servidão, além do controle de ocupações em áreas de reservatórios de usinas hidrelétricas.
Um projeto piloto já está em andamento em duas linhas de transmissão — uma na Região Metropolitana de Belo Horizonte e outra no Norte de Minas —, com foco na fiscalização da limpeza das faixas.
Eólica offshore pode ser “nova energia hidrelétrica” do Brasil, diz estudo do Banco Mundial
Este conteúdo foi originalmente publicado em Cemig aposta em nanossatélites para combater invasão a redes de alta tensão no site CNN Brasil.
