Segundos do longa de James Gunn foram removidos por conselho que regula material que vai aos cinemas Entretenimento, #CNNPop, Filme, Índia, Superman CNN Brasil
O público que assistiu ao filme “Superman” nos cinemas indianos está publicando mensagens de protesto nas redes sociais pela censura da cena de beijo entre o super-herói e Lois Lane no novo título de James Gunn, que foi cortado na versão que foi para as telinhas.
O 33 segundos foram removidos do longa pelo CBFC (Conselho Central de Certificação de Filmes) do país, que inspeciona todo material que vai para os cinemas indianos. Os internautas julgaram a decisão hipócrita e retrógrada — já que outras produções são liberadas com cenas de violência, intolerância religiosa e misoginia.
De acordo com o site Independent, a justificativa foi que a cena do beijo seria “excessivamente sensual” para passar pelo crivo do conselho. Uma censura semelhante aconteceu com filme “F1”, em que um emoji foi adicionado no momento em que um dos personagens mostra o dedo médio.
“Eles querem que a gente vá ao cinema e querem que a gente pare de piratear conteúdo. Eu não entendo. Por que tornar a experiência de ir ao cinema tão horrível? Por que vocês estão tomando decisões por nós, adultos? Deixem a gente decidir o que quer assistir! Deixem a gente decidir o que fazer com nosso tempo e dinheiro”, escreveu um usuário do X, antigo Twitter.
“Caros membros do conselho da CBFC, vocês são uma vergonha para a indústria cinematográfica. A censura de emojis foi o ponto mais baixo de vocês e, hoje, foi o beijo (não o namoro, apenas o beijo apaixonado/sensual) em ‘Superman’ que foi cortado”, desabafou outro.
Ainda, o público indiano apontou que filmes com conteúdo explícito ou violento — como “Animal” (2023) w “The Kashmir Files” (2022) — não foram censurados pelo conselho.
“Superman” é um reboot da franquia cinematográfica baseada no herói que estreou nos quadrinhos em 1938. O desempenho do filme é crucial para o futuro da Warner Bros e sua divisão DC Studios.
Inaugurando uma nova fase dos filmes da DC, o longa de Gunn conta a história de um Clark Kent mais jovem, recém-saído de Smallville. O filme é descrito com “ação épica, humor e coração”, além ainda de “um Super-Homem” movido pela compaixão e por uma crença inerente na bondade da humanidade”.
No Brasil, a produção arrecadou mais de R$ 32 milhões em bilheteria em sua semana de estreia no Brasil. Além disso, segundo dados divulgados pela Warner Bros. Pictures, foi assistido por mais de 1,3 milhão de pessoas de todo o país.
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