Felipe Nunes destaca “cansaço” do eleitor pela “polarização Lula X Bolsonaro”; nova rodada da pesquisa Genial/Quaest foi divulgada nesta quinta-feira (5) Política, -agencia-cnn-, Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), Pesquisa Quaest CNN Brasil
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5), mostra que, caso as eleições presidenciais de 2026 acontecessem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria tecnicamente com a maioria dos candidatos testados.
Entre as oito simulações, Lula aparece empatado com Jair Bolsonaro (PL) e tecnicamente empatado Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Júnior e Eduardo Leite, ambos do PSD.
Na avaliação do CEO da Quaest, Felipe Nunes, esses resultados refletem, pela primeira vez, não mais apenas uma rejeição ao atual governo federal, mas uma rejeição eleitoral a Lula.
“O recado aqui é claro. Pela primeira vez a rejeição do governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. Todos aparecem crescendo ou empatados na margem com Lula”, diz.
Ele destaca, especialmente, o desempenho do atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que foi testado pela primeira vez na pesquisa e já teria 36% das intenções de voto, contra 40% de Lula.
Leite deixou o PSDB e se filiou ao PSD no início do mês e, na cerimônia de oficialização da entrada no novo partido, externou sua vontade de concorrer à Presidência da República.
“Aspiro e tenho disposição para liderar uma candidatura presidencial”, disse na ocasião.
Embora apareça na pesquisa, Bolsonaro está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Recentemente, por decisão dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-mandatário virou réu por tentativa de golpe de Estado.
Já contra Eduardo Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União), Lula lidera as intenções de voto com maior vantagem.
De acordo com Felipe Nunes, um dos fatores que explicam os nomes de oposição à Lula terem conseguido alavancar seus patamares é o fato de os eleitores estarem conhecendo melhor outras opções. É o caso de Tarcísio, por exemplo, que saiu de uma porcentagem de 45% daqueles que não o conheciam para 39% entre janeiro e maio deste ano.
Nunes atribuiu isso justamente ao que chamou de “cansaço da polarização Lula X Bolsonaro”.
“De um lado, 65% afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura e apoiar outro nome. Do outro lado, 66% acham que Lula não deveria ser candidato à reeleição. Patamar mais elevado da série histórica até agora. Ou seja, se dependesse do eleitorado, o líder político do outro polo não deveria estar na disputa”, discorre.