O interesse da Changan no Brasil é bem antigo. Depois de uma passagem bem apagada entre 2011 e 2016 (lembra-se da Chana?), a fabricante chinesa tem ensaiado um retorno ao país desde 2019. Finalmente acontecerá, com a empresa testando novos carros em solo brasileiro, como o SUV UNI-T e os Avatr, da sua marca de luxo.
Avistado pelo leitor Nelson dos Santos, o Changan UNI-T aparece na versão com motor a combustão, curiosamente sem uma variante elétrica, como seria comum no momento atual da indústria automotiva chinesa. Isto fica claro pela existência das saídas de escapamento no para-choque traseiro.
É um carro feito para brigar com Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. Mede 4,51 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,56 m de altura e com um entre-eixos de 2,71 m.
Um des diferenciais da Changan em relação a maioria das marcas chinesas que vieram ao Brasil nos últimos anos é a escolha de um carro com motor a combustão puro ao país, sem qualquer tipo de eletrificação.
O UNI-T é vendido na China com um motor 1.5 turbo de 179 cv e 30,6 kgfm. Alguns mercados globais ainda recebem uma versão com o 2.0 turbo de 230 cv. A transmissão é uma automatizada de dupla embreagem e sete marchas.
Trazer o UNI-T será uma forma de ter um carro a preço mais acessível do que os híbridos e elétricos, ainda mais com o aumento do imposto de importação para eletrificados que acontecerá dia 1º de julho. E atacará o mercado com algo que as outras marcas chinesas ainda não oferecem.
Como se espera de um carro chinês, virá bem equipado. Em seu país de origem, é oferecido com itens como painel de instrumentos digital de 10,3”, central multimídia de 10,3”, carregador de celular por indução, seis airbags, piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa, câmera 360°, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, monitor de ponto cego e mais.
A estratégia da Changan passará também pelos elétricos. Uma unidade do Avatr 11 foi flagrada no Brasil em testes. É um SUV cupê posicionado acima da linha normal da Changan, da mesma forma que a Omoda & Jaecoo são marcas mais refinadas e caras do que a Chery.
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O que ainda não sabemos é como a Changan virá ao Brasil. A empresa poderia agir por conta própria, como tantas outras chinesas tem feito. Porém, algumas empresas estão olhando para parcerias com marcas que já estão no país, como a Geely, cuja operação será responsabilidade da Renault.
