Jordan Bardella pediu que franceses se mobilizem contra a sentença que tornou a líder da ultradireita inelegível
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O chefe do partido de ultradireita, Jordan Bardella, convocou os franceses para uma manifestação neste fim de semana para protestar contra a decisão que proibiu Marine Le Pen de concorrer a cargos públicos por cinco anos após ser considerada culpada de desvio de fundos da União Europeia.
A decisão de segunda-feira (31) foi um revés catastrófico para Le Pen, a líder de longa data do Reunião Nacional (RN), que estava na liderança nas pesquisas de opinião para a eleição presidencial de 2027.
“Acredito hoje que os franceses devem estar indignados, e digo a eles: fiquem indignados!”, Bardella disse à rádio Europe 1 e à CNews TV sobre uma decisão que os líderes de ultradireita afirmaram ser tendenciosa e antidemocrática.
“Vamos às ruas neste fim de semana. Estamos organizando distribuições de folhetos, mobilizações democráticas, pacíficas e calmas”, expressou o chefe do partido.
Bardella ofereceu poucos detalhes sobre os protestos, além de afirmar que haveria distribuição de folhetos e reuniões “em todos os lugares da França” e que os legisladores do RN realizariam entrevistas coletivas em seus distritos eleitorais.
Nesta terça-feira (1º), no reduto de Le Pen em Henin-Beaumont, no norte do país, autoridades locais do partido distribuíram folhetos que diziam “Vamos salvar a democracia. Apoiem Le Pen!”
Bardella pode se tornar o candidato de fato do Reunião Nacional para a eleição de 2027.
Mas Le Pen deixou claro que ainda não estava pronta para entregar o bastão a ele, declarando na segunda-feira: “Não vou me deixar ser eliminada assim.” Bardella a apoiou nesta terça-feira.
Le Pen anunciou que apelaria o mais rápido possível contra o que ela descreveu como uma decisão politizada com o objetivo de bloquear sua candidatura presidencial. Ela concorreu três vezes à presidência e comunicou que 2027 seria sua última corrida para o cargo mais alto.
“Não vamos desistir”, declarou ela aos legisladores do RN nesta terça-feira, dizendo que, com a decisão, “o establishment” usou uma “bomba nuclear” contra ela.
O juiz na audiência do tribunal na segunda-feira, Benedicte de Perthuis, afirmou que a líder política estava “no centro” de um esquema para desviar mais de 4 milhões de euros (US$ 4,3 milhões) de fundos da União Europeia.
A falta de remorso de Le Pen e outros réus estava entre os motivos que levaram o tribunal a proibi-los de concorrer a cargos com efeito imediato, ressaltou Perthuis.
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