Objetivo seria fortalecer discurso do presidente para eleições de 2026
Este conteúdo foi originalmente publicado em Chegada de Gleisi na articulação reforça núcleo político de Lula no site CNN Brasil. Política, Gleisi Hoffmann, Lula, Reforma Ministerial, William Waack CNN Brasil
O presidente Lula anunciou Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, no lugar de Alexandre Padilha. Na dança das cadeiras dos ministérios, a chegada de Gleisi é vista como um fortalecimento dos círculos de confiança de Lula – e um afastamento do Congresso.
A nova ministra prometeu diálogo com as demais siglas e lideranças políticas, além de buscar uma construção conjunta com partidos aliados, com a Câmara e com o Senado Federal. Ela também agradeceu ao presidente Lula pela vaga.
Com imensa responsabilidade recebo do presidente @LulaOficial a conduçäo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
Sempre entendi que o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo.
É…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 28, 2025
A posse está marcada para o dia 10 de março.
A escolha de Gleisi pesa frente à equipe econômica do governo – especialmente entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A presidente do PT, junto do ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem criticado publicamente decisões da Fazenda – que consideram muito “fiscalistas”. Quanto ao Banco Central, Gleisi reiteradamente condena o patamar dos juros e trata Galípolo como uma “vítima” das decisões do ex-presidente do banco, Roberto Campos Neto.
Alas do Legislativo apostam que a nova ministra vai ajudar a criar um “núcleo duro” no Planalto, buscando fortalecer o discurso para as eleições de 2026.
Lula vê Gleisi como uma articuladora política forte – especialmente durante a passagem dela pela Casa Civil, no primeiro governo de Dilma Rousseff.
Mesmo assim, parte da base governista teme que Gleisi piore a relação, que já é ruim, entre o governo e o Congresso. O grupo defendia para o posto um nome mais relacionado ao Centrão. A petista encontra dificuldades na articulação no baixo clero das casas e mantém posição crítica às emendas parlamentares.
A visão de Gleisi sobre as verbas agrada, por sua vez, os ministros do Supremo Tribunal Federal. A avaliação da Corte é que a deputada tem um discurso alinhado ao de Flávio Dino, com posicionamentos duros frente à rastreabilidade e ao tamanho dos recursos.
* com informações de Thais Herédia e Jussara Soares, da CNN Brasil
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