Casa Branca detalhou tarifas contra China e restringe exportações de chips; FED alerta para impacto inflacionário
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A Casa Branca divulgou um documento detalhando que a China enfrenta tarifas de 245% nas exportações aos Estados Unidos. O governo chinês, por sua vez, voltou a afirmar que não tem medo de um conflito comercial com os americanos.
A China convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para acusar formalmente o governo de Donald Trump de intimidação por meio do comércio internacional e de “lançar uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento”.
A carta é uma resposta chinesa ao novo aumento das taxas de importação americanas contra produtos da China.
Os impostos atingem 245% e estão divididos em três categorias: 125% nas tarifas “universais”, 20% de alíquota relacionada à crise do fentanil e taxas retaliatórias, que vão de 7,5% até 100%. Os americanos focam em produtos de tecnologia, propriedade intelectual e inovação.
O presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, reconheceu que as tarifas trazem incerteza e que podem pesar na inflação americana de curto prazo. Mas ressaltou que o Federal Reserve ainda vai esperar o desenrolar da situação para decidir o rumo da política monetária.
“O nível dos aumentos tarifários anunciados até o momento é significativamente maior do que o antecipado. O mesmo é esperado que aconteça nos efeitos econômicos, que incluirão inflação mais alta e crescimento mais lento.”, disse Powell.
Além das mudanças nas tarifas, a Casa Branca impôs novas restrições para as exportações aos chineses de chips relacionados à inteligência artificial. Os processadores representam uma fatia importante das vendas de empresas de tecnologia. Esse é mais um esforço do governo Trump para tentar acompanhar a China no desenvolvimento dos modelos de IA.
Como resultado, o dia foi de queda generalizada nas ações do setor nos índices de Nova York. A maior baixa foi da Nvidia, de 6%, seguidas pela Tesla e pela Apple.
Essa restrição e as declarações do presidente do Federal Reserve ajudaram a derrubar o desempenho da Nasdaq, da Dow Jones e da S&P 500 — todas com queda de mais de 1%.
Refletindo o sentimento do mercado, o banco americano Goldman Sachs voltou a aumentar o risco de recessão devido à grande incerteza ligada às tarifas de Trump.
O presidente do grupo, David Solomon, destacou que a guerra tarifária já gerou uma desaceleração do crescimento mundial e produz diversos riscos materiais para a economia americana.
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