China é o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil, segundo dados da ApexBrasil Macroeconomia, China, CNN Brasil Money, EUA, Exportação, tarifaço de Trump CNN Brasil
Diante da imposição de tarifas dos Estados Unidos em produtos importados, o Brasil tem buscado diversificar suas exportações, e mira no fortalecimento da parceria comercial com a China.
Os investimentos abarcam setores-chave da economia como mobilidade, energia renovável, tecnologia, mineração e semicondutores.
Os recursos também serão aplicados nos segmentos de delivery e fast food.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil.
Commodities como soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representaram 75,6% do total exportado pelos produtores brasileiros aos chineses.
GWM
A montadora chinesa anunciou R$ 6 bilhões para expansão das suas operações no Brasil. Os investimentos serão aplicados entre 2027 e 2032 para o acréscimo de dois modelos à linha de produção no Brasil.
Os recursos se somam aos R$ 4 bilhões investidos entre 2022 a 2025 para reativar a fábrica de Iracemápolis (SP).
Meituan
Líder no mercado de entregas na China, a Meituan vai entrar no mercado de delivery do Brasil. A empresa anunciou um investimento superior a R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos.
A operação será realizada sob a marca Keeta, já usada em Hong Kong e Arábia Saudita. A previsão é que a operação gere cerca de 100 mil empregos indiretos.
A empresa chinesa também planeja implementar uma central de operações no Nordeste.
Envision Energy
A empresa Envision Energy anunciou R$ 5 bilhões em investimentos para a construção do primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina no Rio de Janeiro.
O foco da planta industrial será a produção de SAF (Combustível Sustentável de Aviação), hidrogênio verde e amônia verde.
CGN
A CGN vai investir R$ 3 bilhões em um hub de energia renovável no Piauí, com foco em energia eólica, solar, e armazenamento de energia, com geração prevista de mais de 5 mil empregos na construção das unidades. A capacidade instalada prevista é de até 1,4 GW.
Mixue
A rede de fast food Mixue vai passar a comprar frutas do Brasil para fabricação dos sorvetes e bebidas geladas, como chás.
A empresa vai iniciar operação no Brasil com capital de RS$ 3,2 bilhões e projeta 25 mil empregos até 2030. A primeira série de lojas está confirmada em São Paulo.
Baiyin Nonferrous
A mineradora Baiyin Nonferrous investiu R$ 2,4 bilhões na aquisição da mineradora Vale Verde. A operação tem a capacidade de produzir anualmente 400 mil toneladas de cobre, 400 mil de chumbo e zinco, 15 toneladas de ouro e 500 toneladas de prata.
A demanda chinesa por cobre impulsionou a aquisição.
Longsys
No setor de tecnologia, a Longsys, por meio da subsidiária Zilia, anunciou um plano de investimentos de R$ 650 milhões para ampliar a capacidade de suas fábricas em Atibaia (SP) e Manaus (AM).
As plantas têm foco em encapsulamento, testes de circuitos integrados e montagem de dispositivos eletrônicos com semicondutores.
A Zilia tem participação nacional na fabricação de componentes para semicondutores e também dispositivos de memória, os circuitos integrados de memória DRAM e Flash.
DiDi
A Didi — controladora do aplicativo de transporte 99 — vai investir em serviço de entrega no Brasil e planeja construir cerca de 10 mil pontos de recarga para promover a eletrificação de veículos na frota nacional.
A empresa anunciou R$ 1 bilhão para relançar o 99Food e expandir operações no Brasil.
Entre os investimentos previstos, também há parcerias privadas entre empresas brasileiras e chinesas:
- Nortec Química e empresas chinesas: R$350 milhões em insumos farmacêuticos;
- Raízen e SAFPAC: Acordo para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) na China;
- Fiocruz e Biomm: Produção local de insulina com potencial de beneficiar 16 milhões de brasileiros;
- ABES e ZGC: Cooperação em IA, infraestrutura de dados e capacitação;
- Eurofarma e Sinovac: Criação do Instituto Brasil-China de biotecnologia.
Publicado por Vitória Queiroz
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