Termo foi utilizado principalmente pelo tenente-coronel Mauro Cid, que dialogou com os financiadores das manifestações antidemocráticas Política, Jair Bolsonaro, Mauro Cid, PGR (Procuradoria-Geral da República) CNN Brasil
De acordo com o parecer da Procuradoria-Geral da República, divulgado na última segunda-feira (14), a palavra ‘churrasco’ foi utilizada como codinome para se referir a golpe de Estado.
O codinome foi principalmente usado pelo tenente-coronel Mauro Cid, que dialogou com o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os financiadores das manifestações antidemocráticas, segundo o documento que pede a condenação do ex-presidente e mais sete réus.
Na alegação final do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele aponta que ‘churrasco’ era usado durante conversas com pessoas envolvidas nas manifestações.
“O pessoal que colaborou com a carne está me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco. Pois estão colocando em dúvida a minha solicitação”, escreveu para Cid um dos participantes, identificado como Aparecido Andrade Portela.
Segundo o PGR, a mensagem “demonstra que existia a expectativa de novos acontecimentos que poderiam ensejar a descontinuidade da ordem democrática”.
O tenente-coronel respondeu que o assunto era um “ponto de honra” para ele.
“Em depoimento, MAURO CID afirmou que se discutia a possibilidade de troca dos Comandantes das Forças Armadas, caso o General Freire Gomes não tomasse uma medida mais radical. A pressão, como descrita por MAURO CID, visava garantir que o próximo Comandante do Exército assinasse ou implementasse ações militares. De fato, os esforços para pressionar os militares estavam sendo articulados para garantir que o plano golpista fosse levado a cabo, não importando as consequências democráticas ou legais”, afirmou Gonet.