Nova espécie habita a região do Mediterrâneo oriental, incluindo Croácia, Grécia, Chipre e Turquia Tecnologia, Ciência, descoberta, pesquisa CNN Brasil
Um exemplar de mariposa mantido por décadas no Museu Estatal do Tirol, na Áustria, foi reclassificado como uma nova espécie após um minucioso estudo genético e morfológico.
A descoberta, feita pelo entomólogo Peter Huemer, coloca ponto final a um mistério de mais de um século, já que o inseto era erroneamente identificado como Carcina quercana desde sua coleta.
O pesquisador, com 35 anos de carreira e mais de 200 espécies de insetos europeus catalogadas, revelou em um artigo para a revista Alpine Entomology que a análise de DNA da mariposa exposta no museu mostrou uma diferença genética superior a 6% em comparação com a Carcina quercana, um percentual significativo o suficiente para confirmar que se trata de uma espécie diferente. Além disso, a inspeção dos órgãos sexuais do inseto também evidenciou distinções moleculares.
Prova de amor
A nova espécie, que tem cerca de dois centímetros de envergadura e cores vibrantes que alternam entre o rosa e o amarelo, foi batizada de Carcina ingridmariae, em uma homenagem à esposa de Huemer, Ingrid Maria.

O entomólogo, que completou 42 anos de casamento, declarou que o nome é uma homenagem ao apoio que sua parceira lhe deu ao longo de sua trajetória profissional. “É sem dúvida a espécie mais bonita que já encontrei em minha longa carreira científica”, afirmou Huemer em comunicado.
A Carcina ingridmariae habita principalmente a região do Mediterrâneo, com registros em países como Croácia, Grécia e Turquia. Assim como sua “prima”, a mariposa recém-descoberta se alimenta de carvalho em sua fase larval. Em meio aos estudos, a extensão total de sua distribuição geográfica ainda está sendo investigada.
Nova espécie de dinossauro descoberta lembra “Edward Mãos de Tesoura”

